“Enem dos concursos”: Tudo o que você precisa saber

Quem se inscreveu para o Concurso Nacional Unificado (CNU) está esperando há algum tempo para ter sua chance de tentar uma vaga. A prova que deveria ter acontecido em 5 de maio, acabou sendo adiada para 18 de agosto, em razão das inundações trágicas no Rio Grande do Sul – que tornaram a aplicação da avaliação inviável no estado.

Enfim, estamos chegando perto da grande prova. Aqui está tudo o que você precisa saber sobre o infame Enem dos concursos.

Datas e números

As avaliações acontecerão no dia 18 de agosto, em 228 cidades do país. Não se esqueça de checar o seu local de prova, previsto para ser divulgado em 7 de agosto.

Os inscritos vão concorrer a 6.640 vagas, em 21 órgãos do governo federal. O objetivo de unificar as vagas em uma única avaliação é facilitar o acesso a elas – dessa forma, o candidato não precisa se inscrever em vários concursos no ano.

Na época do adiamento, todos os malotes com as provas foram recolhidos e enviados para um lugar seguro, segundo o Ministério da Gestão. A pasta afirma que os conjuntos foram checados um a um, e não houve falha na segurança ou vazamento de informações.

Como serão as provas

As avaliações ocorrem em dois turnos, tanto para o nível superior (dificuldade da prova maior, mas disputam cargos de maior remuneração) e nível médio.

A etapa matutina durará 2 horas e meia. Os candidatos do nível superior responderão a 20 questões objetivas sobre conhecimentos gerais e uma prova discursiva de elementos específicos do bloco de carreira escolhido. Os de nível médio, enfrentarão 15 questões objetivas e uma redação.

À tarde, a fase mais longa. Em 3 horas e meia, os inscritos no nível superior solucionarão 50 questões de conhecimentos específicos, e os do nível médio, 45 questões de conhecimentos gerais (como matemática e atualidades do Brasil).

As avaliações são apenas a primeira fase do processo. Depois dela, há a perícias para verificar a validade de candidaturas autodeclaradas como pretas e pardas, pessoas com deficiência e indígenas. Para alguns cargos, os órgãos podem pedir a avaliação de títulos.

Para entrar no local de prova, o candidato deve levar um documento original com foto e uma caneta preta em material transparente. O lanchinho e a água estão liberados se estiverem em embalagens lacradas e garrafas transparentes.

Não pode usar relógio, boné ou óculos escuros! Muito menos fone de ouvido. O celular vai ser guardado em um porta-objetos fornecido no momento da prova.

Como estudar

Sabemos que são muitas informações para se lembrar, mas você já decorou muita coisa até aqui para fazer a prova, né? Pelo menos, é o que se espera. O professor Eduardo Cambuy, do Gran Concursos, passa algumas dicas finais antes de bater o pênalti.

Agora não é hora de descansar! Segundo o docente, quem está focado no CNU, deve estudar mais do que nunca. Ele incentiva que um material de revisão tenha sido elaborado durante o processo de estudos, e essa é a hora de pegar firme nele – sobretudo no que é específico do bloco escolhido.

O melhor mesmo é fazer uma grande revisão geral, e não se ater a simulados e “aulões” dados pelos cursinhos. Esses últimos podem ser estratégias para identificar seus pontos fracos: entender quais conteúdos ainda não foram totalmente fixados.

Na etapa matutina, Cambuy alerta para a necessidade de uma gestão de tempo bem pensada. Não adianta dedicar todo o tempo às questões dissertativas ou à redação, e fazer as questões objetivas de qualquer jeito. Elas valem muito.

Não se esqueça também de reservar alguns minutos para preencher o gabarito com calma.

Na pausa entre as duas fases da prova, faça uma refeição saudável e com sustância, e não faça nada diferente da sua rotina – não é a hora de mexer em time que está ganhando.

Boa sorte!

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