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Autor de “A sutil arte de ligar o f*da-se” escreveu carta aberta ao Brasil

Em livro, americano propõe que as pessoas encarem suas limitações para ter mais coragem, perseverança e entusiasmo pela vida

Por Katia Cardoso
Atualizado em 23 dez 2019, 13h17 - Publicado em 19 fev 2018, 17h00
Mark Manson: “era preciso ser uma voz no mundo da autoajuda que não se baseasse só em positividade”  (Nick Onken/Divulgação)
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Unanimidade não é com ele. O americano Mark Manson, 38 anos, é um autor que fala e escreve o que quer. Há quem ame seu estilo ácido e direto, há quem diga que suas análises não têm profundidade. Em 2016, Manson conseguiu fãs e críticos ao escrever o post “Uma carta aberta ao Brasil”, desabafo de quem passou quatro anos no país, casou-se com uma brasileira e apontou lacunas na cultura e no caráter do brasileiro.

Dois anos depois, ele retorna ao Brasil para curtir um breve período de férias e falar do lançamento de A sutil arte de ligar o f*da-se – uma estratégia inusitada para uma vida melhor (Editora Intrínseca), best-seller nos Estados Unidos.

Formado em finanças pela Universidade de Boston, esse texano que mora em Nova York explica que seu livro não tem nada de autoajuda. Os capítulos, com títulos como “Nem tente” e “Você está errado em tudo”, mostram que ser otimista o tempo todo é um erro e que o importante é ter consciência dos próprios limites e aprender a aceitá-los.

Por que você decidiu escrever o livro?

Comecei a trabalhar nele em 2014, pois sentia fortemente que era preciso ser uma voz no mundo da autoajuda que não se baseasse só em positividade. Era necessário que existisse uma abordagem mais realista. Então, juntei algumas experiências pessoais e histórias de pessoas proeminentes com estudos e pesquisas que realizei e fiz o livro.

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Que lições as pessoas podem tirar dele?

O objetivo é ajudar o leitor a fazer melhores perguntas sobre sua própria vida e seus valores. Com o que eles se importam? Por que eles se preocupam com isso? Eles deveriam se preocupar com isso realmente? Essas são perguntas difíceis de fazer e ainda mais difíceis de responder. O livro é uma ferramenta para ajudar a encarar essas questões honestamente.

Como o fato de ser mais consciente dos próprios limites em vez de tentar ser otimista em tempo integral pode ajudar as pessoas no trabalho?

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Essa prática leva a entender suas motivações, a se tornar mais confortável ​​com o fracasso, assumir riscos, lidar melhor com o conflito, pensar sobre seus compromissos e o legado de sua vida.

Há dois anos, você fez o texto “Uma carta aberta ao Brasil”. Hoje, escreveria algo diferente?

Acho que seria um pouco mais agradável e usaria um tom mais ameno [risos]. Fiquei muito frustrado na época. Eu também provavelmente adicionaria mais informações sobre a história econômica e política do Brasil, pelo menos mostrando que eu entendo a razão de as coisas serem como são. Mas, na minha opinião, os problemas por aqui não mudaram muito.

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