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Armando Lourenzo

Doutor e Mestre em Administração pela FEA/USP. Presidente do Conselho Consultivo do EY Institute. Líder de Consultoria da Lourenzo: Gestão e Estratégia. Professor da FIA e Casa do Saber. Palestrante. Escritor.
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A responsabilidade dos líderes é muito grande, mas e a dos colaboradores?

Criticar a liderança é comum, mas isso não elimina que funcionários aprendam a lidar com situações difíceis na relação entre líder e liderado.

Por Armando Lourenzo
17 fev 2022, 15h26
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 (Jason Goodman/Unsplash)
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Assim como toda força de trabalho de uma organização, os líderes são humanos e têm suas limitações. Para tornar o ambiente mais acolhedor e próspero, é importante que os colaboradores pratiquem o autoconhecimento para que consigam perceber as situações em que podem melhorar, seja nas tarefas diárias, seja nas relações no ambiente corporativo.

Um dos principais pontos que muitos ignoram, mas que é absolutamente relevante para o crescimento e desenvolvimento pessoal, é como lidar com as frustrações. Tarefas que colaborem com essa aptidão são primordiais para o desenvolvimento do indivíduo e, por consequência, de todo o time.

Dentro das limitações emocionais de cada um, partindo da premissa de que os líderes devem ter comportamentos dentro de critérios legais e de princípios morais, os colaboradores também têm total responsabilidade por seu autodesenvolvimento.

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O mundo corporativo ideal seria aquele em que todas as empresas tivessem programas de desenvolvimento de pessoas, mas, infelizmente, essa não é a realidade. Portanto, a iniciativa passa a ser a palavra de ordem.

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Treinamentos gratuitos em plataformas digitais ou até mesmo o aconselhamento por parte de profissionais mais seniores podem ser alguns dos meios para buscar o autoconhecimento. Aprender com as situações vividas, por meio de experiências, é algo vital para o desenvolvimento real do ser humano.

A experiência não tem uma relação direta com a idade, mas sim com a intensidade da vivência em determinadas situações reais, mesmo as do cotidiano.

Como exemplo, se uma pessoa tem 50 anos, habilitação há 32 e dirige somente alguns domingos por mês em um trânsito mais tranquilo, terá menos experiência do que um outro motorista com 25 anos, habilitado há sete e que dirige oito horas por dia, de segunda a sábado, enfrentando um trânsito mais carregado. Uma pessoa pode dizer que tem 25 anos de experiência profissional, mas, na prática, isso pode significar um ano de experiência e outros 24 de repetição do que aprendeu no primeiro ano profissional.

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É necessário entender que esta diversidade de perfis e estilos é valiosíssima para a formação profissional dos indivíduos durante sua jornada de carreira, e que esse amadurecimento terá reflexos positivos também na sua vida pessoal.

Os colaboradores devem conhecer suas potencialidades e limitações, aprender a lidar com cada uma delas. Uma vez realizado o processo, os relacionamentos interpessoais passarão a ser cada vez mais saudáveis e produtivos com seus pares e gestores.

Criticar a liderança é muito comum e em diversas situações tais críticas têm sentido, mas isso não elimina a possibilidade de os funcionários aprenderem a lidar com algumas situações difíceis na relação entre líder e liderado, desde que respeitadas condições de estrutura emocional, aspectos morais e de legalidade no relacionamento.

Por sua vez, os colaboradores têm de assumir o protagonismo de suas carreiras para poderem crescer profissionalmente. Os líderes devem pensar sempre nisto, pois não passam pela jornada profissional sozinhos. Seu time sempre o acompanhará e você tem o dever de orientá-lo a ter protagonismo na carreira, além de deixar claro que possui limitações como qualquer outro ser humano (ainda bem!).

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