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Diogo Arrais

Por Língua
É professor de língua portuguesa, consultor de empresas, fundador do Arrais Cursos e criador do Canal Mesma Língua no Youtube
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Com esta dica de gramática você vai dominar o uso da vírgula em português

Estudar sintaxe, a parte da gramática que explica a relação entre as palavras nas frases, é essencial para acertar na pontuação

Por Diogo Arrais, professor de português (@diogoarrais)
Atualizado em 9 dez 2020, 19h41 - Publicado em 19 Maio 2020, 14h57
 (inarik/Thinkstock)
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Você se lembra das famosas aulas de Análise Sintática? Na prática, no dia a dia profissional, para que servem todos aqueles conhecimentos?

A sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. É por meio do conhecimento sintático que se compreende a organização das sentenças.

Sem tal conhecimento, fica difícil dominar o uso da vírgula (apesar de os próprios autores não entrarem em consenso em relação a alguns casos). Não há, como princípio, vírgula isolada (unitária) entre sujeito e verbo, tampouco entre verbo e objeto. Dois casos ilustrativos com o uso inadequado:

 “A jornalista, avisou os colegas da alteração do horário.”

“A jornalista avisou, os colegas da alteração do horário.”

Mais uma vez: o estudante que não identifica a relação sujeito-verbo-objeto não aprende a norma; fica, por vezes, perdido em malabarismos de memorização, como o folclórico “a cada respirada, uma vírgula”.

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 Além disso, com o estudo da sintaxe, virão as observações em relação aos adjuntos adverbiais. Quando iniciam um período, essas palavras adverbiais devem – em tese – ser sinalizadas. Seguem dois trechos adequados à norma:

“Na semana passada, eles pediram manifestações sobre a Reforma.”

 (na semana passada – adjunto adverbial de tempo)

 “Após clima tenso, o Congresso anuncia nova votação.”

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(após clima tenso – adjunto adverbial de tempo)

  Veja como a relação sujeito-verbo-objeto não foi separada por vírgula alguma.

   Apesar de tudo isso, falta um padrão para o uso da vírgula diante de expressões adverbiais postas antes do sujeito. Recomendam muitas obras:  expressões adverbiais simples (de curta extensão) devem fazer o uso facultativo da vírgula:

 “Amanhã, o ministro convocará manifestantes.”

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  (amanhã – advérbio simples de tempo)

 “Ontem, o chefe pediu mais empenho.”

(ontem – advérbio simples de tempo)

Entre os autores gramaticais e escritores clássicos, infelizmente não há acordo sobre o que vem a ser “longa” ou “curta” extensão. Em provas, processos seletivos e escrita profissional, vale sinalizar obrigatoriamente o advérbio em locução (os mais expressivos, maiores, formados por três ou mais expressões).

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   “Recentemente, o país pediu mudanças.”

 (uso facultativo da vírgula)

 “Depois de muitas denúncias, o país pediu mudanças.”

 (uso obrigatório da vírgula)

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 Por fim, tenha um acervo com gramáticas diversas, bons dicionários e pratique muito.

  Um grande abraço, até a próxima e inscreva-se no meu canal!

Diogo Arrais
(foto/Divulgação)

                     

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