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Edwiges Parra

É psicóloga organizacional, especialista em recursos humanos e fundadora da EMIND Mente Emocional
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Como anda a sua regulação emocional?

As emoções modelam nossas respostas e tomadas de decisão, será que você sabe interpretá-las corretamente?

Por Edwiges Parra, colunista de VOCÊ RH
31 ago 2020, 16h25
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 (Andrea Piacquadio / Pexels/Reprodução)
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Antes de iniciar a leitura, convido você a fazer uma breve checagem de seu estado de humor neste exato momento. No consultório, costumo aplicar o exercício abaixo, que divido agora com você. Marque nas opções de como está o seu estado de humor agora:

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(Edwiges Parra/VOCÊ RH)

 

 

 

 

Este exercício – que é ótimo para todas as vezes que precisamos mudar de situação ou fazer diversas interações durante o dia – mapeia nosso estado emocional. E o que é isso? É a expressão de uma condição de resposta do ser humano que apresenta uma variedade de definições, mas que temos muita dificuldade de perceber, identificar, sentir, descrever e, principalmente, de torná-la consciente. Mas é por meio dela que os nossos comportamentos respondem às nossas interações com o mundo.

 O que é a emoção

Emoção é uma reação a um estímulo ambiental e cognitivo que produz experiências subjetivas (a partir de cada um), quanto alterações neurobiológicas significativas. Está associada ao temperamento, à personalidade e à motivações reais e subjetivas.

A palavra deriva do termo latino emovere, onde o e- (variante de ex-) significa “fora” e movere significa “movimento”.

Seja para lidar com estímulos ambientais, seja para comunicar informações sociais biologicamente relevantes, as emoções apresentam diversos componentes adaptativos para mamíferos com comportamento social complexo, sendo cruciais, até mesmo, para a sua sobrevivência.

E por que temos tanta dificuldade de percebê-las e descrevê-las no momento em que elas aparecem?

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A verdade é que nunca nos ensinaram, nas escolas, sobre o que são as emoções, como nós a identificamos, nos tornamos conscientes sobre elas, as interpretamos, quais são seus benefícios e como devemos navegar corretamente entre elas. E isso é importante porque precisamos muito mais do que conhecimento meramente factual para tomar boas decisões. As boas decisões são tomadas quando sabemos aplicar o conhecimento junto com o domínio emocional.

Costumo dizer que a emoção modela a resposta com base no pensamento que está por trás da percepção a respeito da forma como interpreto os eventos/situações/pessoas nos ambientes os quais interagimos.

Com a pandemia do novo coronavírus, vemos pessoas apresentando comportamentos exacerbados modulados por emoções muito intensas como raiva, ódio e irritabilidade que acabam gerando consequências a si e também ao outro.

Quanto mais intensas forem nossas emoções, maiores são as chances delas ditarem as nossas vidas.Nessa hora, os pensamentos assumem um papel importante para não deixar que o individuo seja capturado pelas emoções que podem sequestrar seu comportamento.

Desregulação emocional

Quando não lidamos bem com as adversidades e temos dificuldade de solucionar esse problema, podemos provocar uma desregulação emocional.

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 Esse quadro pode ser definido como uma dificuldade ou inabilidade de lidar com as experiências ou processar as emoções. Essa desregulação pode se manifestar tanto como intensificação excessiva quanto como desativação excessiva das emoções.

Quando alguém está lidando dessa forma disfuncional com os problemas, alguns problemas sérios podem ocorrer, como intoxicação alcóolica ou uso excessivo de álcool durante a semana; automutilação; uso de drogas; automedicação; procrastinação excessiva; compulsão alimentar; e vícios em jogos ou em tecnologias.

Regulação emocional

Já a regulação emocional (ou RE) é como um termostato, é capaz de regular as emoções e mantê-las em “nível controlável” para possamos lidar com elas. Manejar as emoções é um dos maiores desafios nos últimos tempos, não é mesmo?

A RE pode incluir qualquer estratégia de enfrentamento (seja ela problemática ou adaptativa) para confrontar a intensidade emocional indesejada. E quanto mais uso faço disso, mais desenvolvo minha inteligência emocional, o que me ajuda a monitorar e discriminar as minhas emoções e as das outras pessoas. Usando essas informações, é possível guiar meus pensamentos e ações.

À medida em que as nossas habilidades de regulação e inteligência emocional se desenvolvem, aprendemos a identificar os nossos desencadeadores e a praticar maneiras produtivas de reagir a eles, até que isso se transforme num hábito.

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De acordo com Travis Bradberry e Jean Greaves, psicólogos clínicos e organizacionais co-fundadores da TalentSmart, a inteligência emocional é a base de uma série de habilidades cruciais e importantes para gerar um amplo e positivo impacto na nossa vida como um todo.

Agora, que habilidades cruciais são essas tão importantes na nossa vida pessoal e profissional?  Veja a figura abaixo e perceba quantas competências dependem da regulação emocional.

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(Edwiges Parra/VOCÊ RH)

 

A partir dessa compreensão sobre o tema, as estratégias para lidar com a emoção são:

  • Confrontação (assertividade)
  • Distanciamento
  • Autorregulação
  • Busca de apoio social
  • Aceitação de responsabilidade
  • Fuga – esquiva
  • Resolução planejada dos problemas
  • Reavaliação positiva
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Quais são as ações adaptativas que traduzem essas estratégias e que podemos adotar no nosso dia a dia? A lista está abaixo:

  • Exercícios de relaxamento
  • Distração temporária durante as crises
  • Exercício físico
  • Conectar emoções e valores maiores
  • Substituir uma emoção por outra agradável ou apropriada
  • Consciência plena (Mindfulness)
  • Aceitação
  • Atividades prazerosas
  • Alimentar-se de bons nutrientes

Saiba que lidar com a experiência faz parte da regulação emocional! Então, conscientize-se sobre a sua jornada.

Edwiges-Parra
(Divulgação/VOCÊ S/A)
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