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O que é o metaverso

Por enquanto, é um exercício de imaginação. Mas há pioneiros interessantes que dão uma ideia de que ele realmente pode vir a ser, como a Metamask. Entenda.

Por Alexandre Versignassi
Atualizado em 6 set 2022, 12h15 - Publicado em 11 mar 2022, 12h19
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 (Laís Zanocco/VOCÊ S/A)
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Para começar, não existe “o metaverso”. O que há são “metaversos”, no plural: mundos virtuais com usuários que interagem via avatares. Antes de entrar em detalhes, vale dar uma linha do tempo mais sólida. “Meta” é o termo grego para “além”. Aristóteles e sua turma, porém, nunca usaram o prefixo ligado à palavra “universo”, como a gente faz hoje. 

O termo apareceu pela primeira vez há pouco tempo, na verdade. Foi em 1992, num livro de ficção científica: Snow Crash, do americano Neal Stephenson. “Metaverso” ali era um mundo virtual em 3D do futuro. As pessoas mergulhavam nele para escapar de uma realidade distópica. Lá dentro, viviam na forma de avatares. 

Corta para 2003. Nascia Second Life, o primeiro mundo virtual feito sob medida para avatares. Era só baixar na internet e sair caminhando por lá, e conversando com outras pessoas que tivessem feito o mesmo. Ele virou um queridão do mundo dos negócios. A Adidas colocou uma loja de tênis para avatares lá dentro. O U2 deu um show.

A imprensa também amava. Cobriam o dia a dia do Second Life vorazmente. Jornalistas mais cultos logo chamaram a atenção para o fato de que a coisa tinha tudo a ver com o conceito de “metaverso” criado por Neal Stephenson. E aí… E aí nada. Second Life flopou depois de alguns anos de hype. O público simplesmente cansou.

Mesmo assim, várias empresas foram lançando mundos virtuais parecidos nos anos seguintes. Mas a coisa só pegou tração de novo mesmo em 2019. Foi quando um desses jogos, o The Sandbox, estreou uma versão em NFT. Ao comprar um tênis para o seu avatar lá dentro, o pisante virtual passa a ser uma propriedade sua, registrada na blockchain do Ethereum.

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Nisso, você pode vender o tênis livremente, e obter lucro, se encontrar gente a fim de comprar por mais do que você pagou – ainda que as operações só possam acontecer dentro do ambiente da The Sandbox. Em 2020, veio a Decentraland, outro mundo virtual ligado à blockchain do Ethereum. Dá para jogar pôquer com cripto lá dentro (metade dos usuários ali entram para isso). 

Esses mundos já nasceram chamando-se a si próprios de “metaversos”. Em outubro de 2021, Mark Zuckerberg mudou o nome do Facebook para “Meta”, para deixar claro que o objetivo de sua empresa agora era criar ambientes virtuais, a começar pelo Horizon Worlds, o metaverso da Meta. E agora vivemos uma segunda onda do fenômeno. A ver se essa vai vingar de fato.

Já a ideia de “o metaverso”, no singular, é um mero exercício de imaginação. Seria uma versão imersiva da internet inteira. Seu avatar saltaria livremente de um metaverso para outro. Você poderia comprar um tênis virtual (ou seja lá o que for) no Decentraland e vender no Horiozon.

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O mais próximo que existe disso hoje é a Metamask, uma carteira virtual de Ethereum que funciona como uma extensão do Chrome. Você deposita cripto lá, e consegue usar em todos os metaversos para comprar NFTs deles, ou para jogar pôquer.

É o que temos por enquanto.

 

 

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