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O que é Retorno até a Barreira (RAB)?

É uma “operação estruturada”: daquelas em que investidores compram ações e contratos de opções em sincronia.

Por Tássia Kastner
14 jan 2022, 05h00
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 (Nathalia Takeyama/VOCÊ S/A)
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É uma “operação estruturada”: daquelas em que investidores compram ações e contratos de opções em sincronia. Mas não dá para fazer isso sozinho, é preciso da ajuda da mesa de operações do banco e da corretora. Por isso, agentes autônomos oferecem a estrutura prontinha. No RAB, a meta é ganhar com ações em um momento em que elas estão empacadas, com baixa volatilidade. A graça é que o investidor ganha uma rentabilidade fixa se o papel subir ou cair pouco num curto espaço de tempo – normalmente 45 dias. Se cair mais que o esperado, ele fica no prejuízo.

São três operações sincronizadas. Primeiro, o agente compra ações de uma empresa. Petrobras a R$ 30, por exemplo. Então vem a estrutura do RAB, feita em duas operações simultâneas pela corretora. Primeiro, é preciso vender um contrato de opção de compra de ações da Petrobras a R$ 33. Depois, comprar um contrato de opção de venda também a R$ 33. O segredo é que eles tenham o mesmo valor (o mercado chama isso de strike) e o mesmo prazo de vencimento.

Esse arranjo pode garantir um lucro de 10%. Por causa do seguinte: quem vende uma opção de compra ganha um trocado, R$ 1, por exemplo. Em troca, se compromete a entregar ao comprador as ações pelo valor combinado, mesmo que elas subam ainda mais. O lance é que o comprador dessa opção só vai te pedir para comprar as ações a R$ 33 caso elas subam mais, a R$ 34, por exemplo.

Tudo bem, já que você realmente tem as ações da Petrobras, compradas a R$ 30. Então você vende para ele a R$ 33, e coloca 10% de lucro no bolso. Claro que você não vai ficar feliz de deixar na mesa o R$ 1 que ganharia se vendesse a R$ 34, mas tampouco sairá no prejuízo. Se não bater em R$ 33, o banco que fez a RAB banca a sua rentabilidade para ficar nos 10%. Boa.

E se a ação cair? Vamos à terceira operação da RAB, a da compra da opção de venda. Com esse contrato, se a Petro cair de R$ 30 para R$ 28, você está garantido. Basta usá-lo para vender a R$ 33 as ações que comprou a R$ 30: 10% de lucro no bolso. Excelente.

Dito assim, parece mais seguro que Tesouro Selic. Só que não. Quando vende um RAB, o banco diz qual é o limite de baixa das ações que ele garante. Pode ser uma queda de 8% ou de 18%, mas esses são só exemplos. Vai depender da volatilidade da ação. Então, de volta à Petrobras. Vamos assumir que o nosso RAB tinha uma proteção de queda de 15%. Se a ação for a R$ 26, você ganha 10%. Se for a R$ 25, você toma o prejuízo sozinho – ou fica com o papel na carteira e torce para que ele suba de novo. Em suma: muito risco para pouco retorno.

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