O que são opções de compra?

Uma opção de compra é basicamente um vale. Tipo um papelzinho onde vem escrito: “Com este ticket, você tem o direito de comprar uma ação da Petrobras no dia 15 de fevereiro de 2021 por R$ 38”. Claro que não existe papelzinho na jogada. Você compra a coisa pelo home broker, como se fosse uma ação. Mas a imagem do vale ajuda a visualizar. O que tem no home broker são vários desses tickets virtuais, cada um com um preço.

Dá para adquirir o direito de comprar por R$ 15, por R$ 16, por R$ 32, por R$ 38. E as datas de vencimento (o dia em que você pode usar o vale para fazer sua compra) é sempre na metade do mês. Que vantagem Maria leva? Fácil. Se a ação da Petro estiver a R$ 40 no dia 15/2, você usa o vale de R$ 38 para comprá-la, revende na mesma hora por R$ 40, e embolsa os R$ 2 de diferença. Quanto custa esse vale? Depende.

Se ninguém estiver acreditando que as ações da Petro vão chegar a R$ 38 no dia 15/2, o preço da opção pode ser irrisório. Coisa de R$ 0,01. Vamos dizer que você compre um milhão delas. Você terá gastado R$ 10 mil. Se a sorte acenar para você e a ação da Petro chegar mesmo a R$ 40, você vai lucrar quase R$ 2 milhões.

Mas quem vende esse treco no mercado? É justamente alguém que aposta contra você. Esse agente (uma instituição financeira) torce para que a ação não chegue a R$ 38. Se ela não chegar, suas opções de compra serão inúteis no dia do vencimento. Nisso, quem lançou a opção no mercado embolsa seus R$ 10 mil e tchau.

A opção de compra (chamada também de call), tem um evil twin: a opção de venda (put). Ela te dá o direito de vender, digamos, Petr4 a R$ 38. Nesse caso, você torce para a ação cair. Se ela estiver a R$ 35 no dia do vencimento, você compra por esse preço no mercado, exerce seu direito de vendê-la por R$ 38 para o lançador da put e embolsa os R$ 3 de lucro – caso o Universo conspire a seu favor, claro.