Quem foi a pessoa mais rica da história?
Esqueça Elon Musk ou Jeff Bezos – se vivesse hoje em dia, esse ricaço teria a fortuna dos dois combinada.
Foi John D. Rockefeller (1839-1937), o americano que aos 31 anos fundou a Standard Oil Company, uma megaempresa de produção, transporte e refino do petróleo. O primeiro poço de exploração da commodity no país tinha sido perfurado 11 anos antes, em 1859, dando início a uma nova indústria americana. Entre todas as estreantes, a Standard Oil foi a mais lucrativa – e saiu comprando quase toda a concorrência.
Em seu pico, a Standard Oil controlava 90% do mercado. O poder era tanto que a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu intervir. Em 1911, declarou que a Standard Oil não se adequava às leis antitruste do país e deveria ser dissolvida em 32 empresas. Entre as que se desmembraram do monopólio estão companhias que deram origem à Exxon, à ConocoPhillips e à Chevron – que seguem firmes entre as companhias mais lucrativas do mundo.
Na época, Rockefeller detinha 25% da Standard Oil, o que lhe deu direito a papéis nas subsidiárias; além disso, ele já detinha outros investimentos em várias indústrias – e sua fortuna continuou crescendo. Em 1917, ele se tornou oficialmente o primeiro bilionário da história. Nos anos seguintes, sua fortuna em ações equivalia a 2% do PIB americano da época. Se você transplantar essa proporção para hoje, com o PIB dos EUA em US$ 21 trilhões, a fortuna de Rockefeller seria de US$ 420 bilhões.
Isso dá a fortuna combinada de Elon Musk e Jeff Bezos – que se intercalam de tempos em tempos no topo das listas de mais ricos do mundo, com US$ 200 bilhões cada um. Quase toda a fortuna dos dois está na forma de ações que têm em suas próprias empresas. Bezos tem 10% da Amazon. Musk, 22% da Tesla. Por isso que eles se revezam no topo: a riqueza deles flutua de acordo com as cotações desses papéis.
Nota: Warren Buffett (US$ 100 bilhões no momento) só não divide esse topo com Musk e Bezos porque não quis. O bilionário de 91 anos já doou metade de sua fortuna original, transferindo toneladas de ações de sua companhia, a Berkshire Hathaway, para instituições filantrópicas. Rockefeller não chegou a tanto. Mas abriu mão de US$ 10 bilhões em dinheiro de hoje para a caridade.