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Luciana Camargo

Diretora estratégica da Associação Brasileira de RH (ABRH-SP). Escreve sobre carreiras, liderança, diversidade e inclusão e desenvolvimento pessoal
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Por que conselheiros e empreendedores deveriam aprender mais sobre gestão de pessoas?

Os líderes que querem levar os negócios para uma nova direção precisam garantir que cultura esteja alinhada à estratégia. E cultura se faz com gente.

Por Luciana Camargo
Atualizado em 9 nov 2021, 09h48 - Publicado em 5 nov 2021, 11h09
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 (Luis Alvarez/Getty Images)
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Sim, é verdade que as mudanças no mundo do trabalho estão cada vez mais rápidas. A todo momento, notamos como, na prática, negócio bom é aquele que cria valor para o cliente. Trabalho bom é aquele que nos permite aprender e estimula a dar o nosso melhor. Boas companhias – com vitalidade e relevância para o mercado – são aquelas que não focam apenas no retorno para o investidor, mas aquelas que constroem uma estratégia focada em longevidade, que contribuem para uma sociedade e um mundo melhor.

E esta máxima se aplica para todos os tamanhos de negócios, do micro empreendedor as grandes empresas; para os diferentes níveis de liderança, do gerente de empresa ao board das organizações.

É muito gratificante ver esta evolução da consciência sobre o mundo que estamos cuidando e deixando para os nossos filhos e netos. O que há por trás deste olhar mais consciente é a realização que empresas são feitas por pessoas, e se não cuidarmos bem delas, elas certamente não darão o seu melhor para o seu negócio.

Você pode pensar: isso sempre foi assim, o que mudou? Por que esta conversa agora? Em que sentido estamos indo além de somente “focar no retorno para investidores”?

O contexto mudou.

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  • O mercado de trabalho tem passado por transformações intensas como mudanças demográficas, mudanças nos modelos de negócios e demanda por novas Segundo o artigo Preparing for the Future of Work, do World Economic Forum, quase 50% das empresas esperavam que, até 2020, a automação levasse a alguma redução em sua força de trabalho em tempo integral, enquanto mais da metade de todos os funcionários necessitariam uma renovação ou aprimoramento significativo. A crise da Covid-19 exacerbou essas tendências, aumentando a necessidade de ação em larga escala, informada e colaborativa.
  • Demanda por novos talentos e skills criou uma demanda ainda maior de desenvolvimento de iniciativas inovadoras para requalificação de profissionais em grande escala. A falta de skills pode impactar o dinamismo econômico dos negócios.  Ao mesmo tempo pode representar uma oportunidade para criação de ecossistemas que garantam que os trabalhadores sejam empregáveis e produtivos no novo mundo do trabalho.
  • Novos modelos de trabalho: o trabalho híbrido veio pra ficar. Companhias já começam a trabalhar em novas políticas e mudanças de seus contratos de trabalho para permitir alinhamento de ambas as partes para viver neste novo modelo. Ainda há muito que aprender para que esta flexibilidade seja saudável. Segundo o artigo Future of Flexibility at Work, da Harvard Business Review, há vantagens e desvantagens da acomodação na vida profissional e do trabalho sem fronteiras; as organizações devem avaliar princípios ao desenvolver seus próprios programas e políticas de flexibilidade.
  • Novos modelos de gestão: O mundo mudou com a pandemia. Os executivos agora são solicitados a desempenhar papéis diferentes e precisam adotar estratégias e modelos de negócios habilitados digitalmente. Em pesquisa recente da Mckinsey, COVID 19 – Implications for Business, o executivo passou a gerir crises, questões sociais e ambientais e nortear a adoção acelerada de tecnologia; estão ocupando o tempo antes dedicado à liderança estratégica e às capacidades financeiras. Aquisições, envolvimento do conselho e relações com investidores passaram a ser focos ainda mais importantes para os CFOs.

Estas mudanças trazem uma nova perspectiva sobre a importância de Gestão de Pessoas e Cultura em Conselhos e nas lideranças das empresas.

Para levar as os negócios para uma nova direção e com uma nova proposta de valor é fundamental que a cultura esteja alinhada à estratégia, que ela conte com o compromisso e suporte formal da liderança, que desenho organizacional faça sentido com relação ao novo modelo de negócio.

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Portanto, uma liderança mais humana, aberta para o novo para adoção de práticas de inovação e habilidade de testar novas ideias e descartar as que não funcionam, é muito importante. Clareza de propósito, empoderamento das pessoas e reiteração para testar mvps (produto viável mínimo) são a base da cultura ágil. E isso só é possível a partir da adoção de novas formas de liderar, aprender e trabalhar.

Neste mundo do trabalho e dos negócios que mudam e evoluem a cada dia, somos convidados, cada vez mais, a entender que tudo começa e termina com as Pessoas.

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