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Em dia de banho de sangue nos EUA, bancos seguram o Ibovespa

Terror nas bolsas americanas quase leva a B3 junto, mas reforma administrativa mantém o otimismo e segura a bronca.

Por Monique Lima
3 set 2020, 18h22
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 (Bureau Nz Limited/Getty Images)
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As bolsas americanas e a brasileira deram as mãos e rolaram ladeira abaixo ao longo do dia. Em Nova York, a sangria foi intensa: S&P 500, -3,51% e o  Nasdaq, então, -4,96%. Tudo por conta de uma realização de lucros feroz, após semanas de recordes históricos nas pontuações dos índices (uma hora a ficha cai). Já o Ibovespa, que chegou a perder os 100k, fechou numa queda até modesta: -1,17%, a 100.721 pontos.

Mas não foi só uma questão de maria-vai-com-as-outras. Várias das nossas empresas tiveram bons motivos para cair. Começando pela Vale, que teve intervenção judicial solicitada pelo Ministério Público Federal, a fim de garantir a segurança das barragens da companhia. E, como notícia ruim sempre vem acompanhada, os controladores pediram a suspensão do pagamento de dividendos da empresa. A situação não pegou muito bem com os acionistas, e a queda ficou em 3,26%. 

O golpe seguinte quem sofreu foram as varejistas. A Amazon divulgou hoje o início das operações de um novo centro de distribuição na cidade de Cajamar, na Grande São Paulo, onde já tem outras três unidades. Agora, a gigante do e-commerce chegou na marca de cinco unidades no Brasil, contando com o centro de Cabo Santo Agostinho, em  Pernambuco. 

E, novamente, a desgraça é dupla. No comunicado enviado à imprensa, a maior varejista do Grupo Local de Galáxias diz que o Brasil é o país com a maior taxa de crescimento do Amazon Prime no mundo. Vish…. Resultado: B2W (-7.57%), Lojas Americanas (-5.22%), Magazine Luiza (-5.36%) e Via Varejo (-6.89%) chorando as pitangas. 

Para finalizar, a disputa entre Totvs e Stone pela fabricante de sotfwares de gestão LInx, não está fazendo bem para as ações da primeira. O recuo hoje foi de 5.80%, e colocou a empresa que tenta nos convencer de que “V” ainda tem som de “U”, como era na Roma Antiga, no pódio de grandes baixas do dia. 

Reforma à vista 

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O ponto é: o cenário hoje podia ter sido até pior. Só não foi por causa das altas dos bancos. 

A apresentação da proposta de reforma administrativa pelo governo deixou o mercado otimista com a renovação da agenda liberal e com o alívio para as contas públicas. Entre os destaques do texto, estão questões que agradam ao mercado, como fim da estabilidade, da promoção por tempo de serviço e de penduricalhos como licença-prêmio e aumentos retroativos.

E quem ganhou com a expectativa dos investidores por dias melhores nas dívidas públicas foi o bloco bancário. Ações do Bradesco (3.83%), Santander (3.38%) e Itaú (2,43%) viram seus preços crescerem. 

Ah, hoje também foi dia dela, a Azul Linha Aéreas. As ações da companhia cresceram em 3,67%. Motivo: retomada dos voos comerciais para Fernando de Noronha a partir de 1º de outubro. 

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No final das contas, o sangramento foi estancado. Mas o terror pode estar apenas começando.

 

MAIORES ALTAS 

Hering: +4.15%

Bradesco PN: +3.93%

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Bradesco ON: +3.83%

Azul: +3.67%

Santander: +3.38%

MAIORES BAIXAS 

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B2W: −7.57%

Via Varejo: −6.89%

Totvs: −5.80%

Magazine Luíza: −5.36%

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Lojas Americanas: −5.22%

Petróleo

 

Brent: -0,81%, a US$ 44,07 o barril

WTI: -0,33%, a US$ 41,37 o barril

Dólar: -1,15%, a R$ 5,2960

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