Pequenas empresas confiam mais em fintechs que em bancos tradicionais
As soluções de pagamento e gestão financeira oferecidas pelas startups são as mais usadas entre as pequenas e médias empresas.
A cada dia que passa, as fintechs ganham mais espaço no mercado brasileiro: já são 742 startups que oferecem serviços na área das finanças. Segundo dados do Distrito Fintech Report, houve um crescimento de 34,1% no número de fintechs no país entre 2019 e 2020.
Além do aumento em número, as startups também estão conquistando mais clientes. Uma pesquisa da plataforma de busca e comparação de softwares Capterra mostra que as pequenas e médias empresas confiam mais nas fintechs do que nos bancos e instituições financeiras tradicionais.
A maioria (71%) das PMEs têm um nível de confiança alto (55%) ou muito alto (16%) nos serviços contratados com as fintechs. Por outro lado, entre as empresas que usam instituições financeiras tradicionais, como os bancos, esses números caem para 28% e 4%, respectivamente.
O nível de satisfação dos clientes das fintechs também é maior: 75% dizem estar satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços contratados. Já entre as empresas que usam as instituições tradicionais, o nível de contentamento baixa para 16%.
Perfil dos clientes
Das 349 empresas que participaram do levantamento, 51% utilizam os serviços das startups de finanças para questões como pagamentos; gestão financeira e contabilidade; empréstimo e negociação de dívidas; investimentos; blockchain e bitcoin; seguros; e financiamento coletivo. Mas, as fintechs de pagamento (60%) e de gestão financeira e contabilidade (61%) são as mais usadas entre as pequenas empresas.
Quase a metade (47%) adotou os serviços há um ano ou mais, enquanto apenas 14% diz ter contratado nos últimos três meses. Três de cada quatro entrevistados aponta a praticidade como o principal motivo da empresa ter migrado para uma fintech e mais da metade (56%) destaca a menor burocracia para contratar serviços.
No entanto, apenas um de cada três ressaltou a variedade de serviços oferecidos por essas instituições como motivo da escolha.
Espaço para crescer
Os dados revelam que, daqueles que não são adeptos às fintechs, 20% afirmam desconhecer os serviços oferecidos e outros 40% dizem ter um conhecimento baixo ou muito baixo desse tipo de empresa.
Somente 4% descarta totalmente a possibilidade de contratar os serviços nos próximos doze meses, enquanto a maioria (39%) enxerga tal possibilidade como nem alta, nem baixa.
Entre os problemas citados pelos clientes estão a ausência de suporte presencial quando
necessário (45%), seguida pelo medo de sofrer um ataque virtual (45%) e por problemas técnicos com os sites ou aplicativos (30%). Apenas 23% aponta a menor segurança que serviços financeiros tradicionais como a principal.