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3 perguntas para a NG.CASH, carteira digital para a geração Z

Para conquistar adolescentes e jovens adultos, o app oferece serviços que conversam com o universo desse público –  como desconto em plataformas de jogos e para a recarga de celular. 

Por Camila Barros
11 nov 2022, 06h14
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 (NG.CASH/Divulgação)
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A NG.CASH é uma carteira digital focada na geração Z (nascidos entre o final dos anos 1990 e início dos anos 2010). A ideia é ser o primeiro contato de adolescentes e jovens adultos com o sistema financeiro. Para isso, o app oferece serviços que conversam com o universo desse público –  como desconto em plataformas de jogos e para a recarga de celular. 

A empresa foi fundada em fevereiro de 2021 a partir da parceria de estudantes de engenharia e administração da PUC-Rio com um professor de empreendedorismo da instituição. Há quase dois anos em operação, ela alcançou a marca de um milhão de contas abertas. Em agosto deste ano, receberam um aporte de US$ 10 milhões, dinheiro que está sendo utilizado para aumentar a oferta de serviços no app e expandir o quadro de funcionários – que hoje conta com 50 pessoas (o objetivo é ter mais 25 até o final do ano).

A seguir, conversamos com Eduardo Nadelman, sócio da NG.CASH e responsável pela área de Pessoas da empresa.  

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1. Quais demandas da geração Z a empresa quer suprir?

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É um público que, quando precisa abrir a primeira conta, ainda não consegue porque os bancos não oferecem esse serviço para menores de idade. Geralmente eles precisam que o pai abra uma conta vinculada e fique controlando.

Mesmo depois de ter acesso à conta, a maioria dos produtos não é focado nesse público. Por exemplo: o cartão que os bancos costumam oferecer para eles é o de débito, que não faz compras online. Não faz sentido, porque a maior parte do consumo dessa geração é digital.

O que a gente entrega é uma carteira digital. Nossa ideia é ser o primeiro contato financeiro para esse público desbancarizado. A gente dá acesso a Pix, pagamento de boleto, transferência e cartão de crédito (que também funciona como débito). E as nossas parcerias são pensadas para eles também: descontos nas plataformas de jogos, em apps de delivery e na recarga do celular, por exemplo.

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2. A NG.Cash está chegando agora a um mercado que já está se consolidando. Como vocês pretendem abrir espaço?

O mercado focado nessa geração não está se consolidando. Está começando – não tinha ninguém oferecendo produtos para esse nicho. E você está muito mais bem posicionado para ganhar fatia de mercado quando oferece uma coisa dedicada a um público específico: diferentemente de qualquer outro banco que oferece um produto a mais para a geração Z, o nosso produto foi sempre pensado para a geração Z.

A gente mira, só no Brasil, 50 milhões de jovens que não têm conta nenhuma. Não vemos muita concorrência nos bancões e bancos digitais. Estamos muito mais focados em ganhar um mercado que ainda é desbancarizado do que em tirar clientes de outras instituições.

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3. À medida que foram crescendo, todos os bancos digitais caminharam para a oferta de crédito e tentaram conquistar um público de renda mais alta. Já que o público-alvo da NG.CASH não tem renda nem acesso a crédito, como torná-lo um negócio rentável?

O nosso foco é a geração Z, que tem essa idade agora. A nossa ideia é crescer junto com ela, não ficar atendendo o público jovem para sempre. 

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Na hora em que o nosso cliente começar a ter uma renda maior e requisitar crédito, a gente já vai ter uma relação de confiança estabelecida com ele. E essa é uma etapa da vida em que a renda cresce muito e rápido. É diferente de um público na casa dos 50, que vai entrar numa fase em que a renda começa a decrescer. 

O segundo ponto é que estamos nos preparando para oferecer novos produtos para incrementar o nosso serviço: investimentos, cripto e seguros. 

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