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86% dos empreendedores que buscaram empréstimo na pandemia não conseguiram

Levantamento do Sebrae também mostrou que 89% dos pequenos negócios tiveram queda no faturamento devido ao coronavírus

Por Luciana Lima
Atualizado em 21 Maio 2020, 12h10 - Publicado em 19 Maio 2020, 17h23
Estudo ainda mostrou que 89% dos pequenos negócios tiveram queda no faturamento (Anna Shvets/Pexels/Divulgação)
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De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, que ouviu 10.384 microempreendedores individuais (MEI), o número de donos de pequenos negócios que buscaram crédito entre 7 de abril e 5 de maio aumentou 8%. Entretanto, o levantamento também mostrou que apenas 14% dos empreendedores tiveram sucesso em conseguir financiamentos  — para 86% deles o empréstimo foi negado ou ainda permanece aguardando a análise das instituições financeiras.

A pesquisa, realizada entre os dias 30 de abril e 5 de maio, é a terceira de uma série de estudos realizados pelo Sebrae desde março. A última edição mostra que as microempresas têm evitado a todo custo a aquisição de empréstimos para continuar mantendo suas operações.

Isso porque, mesmo que 89% dos entrevistados tenham relatado queda no faturamento, apenas 38% deles recorreram a financiamentos bancários após o início da pandemia do coronavírus. Entre as fontes alternativas estão a ajuda de amigos e parentes (43%), instituições de microcrédito (23%) e negociação de dívidas com fornecedores (16%).

Contudo, a solicitação de crédito não está descartada por parte dos empreendedores. 59% das pessoas ouvidas admitem que precisarão de ajuda financeira no futuro para manter o negócio funcionando sem demissões. O número é 5% maior se comparado com a primeira pesquisa, realizada nos primeiros dias da crise.

Vendas online e suspensão de contratos

Ainda de acordo com o estudo, as medidas de isolamento social recomendadas pelas autoridades de saúde atingiram praticamente todos os pequenos negócios. 44% deles tiveram que interromper totalmente a operação, pois dependem de atendimento presencial, e outros 32% mantêm o funcionamento com a ajuda de ferramentas digitas. Somente 12% conseguiram continuar as atividades sem nenhum apoio tecnológico.

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Já em relação a manutenção de empregos, 12% dos empreendedores ouvidos relataram que tiveram de demitir funcionários nos últimos 30 dias. 29% das empresas suspenderam o contrato de funcionários; 23% deram férias coletivas; 18% reduziram a jornada de trabalho com redução de salários; e 8% reduziram salários com complemento do seguro-desemprego, alternativa permitida pela MP 936.

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