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Empreendedora inovou no mercado de audiovisual e fatura 1 milhão no ano

Simone Cyrineu fundou produtora de audiovisual na qual o cliente acompanha e aprova cada parte do processo online e em tempo real

Por Monique Lima
Atualizado em 10 set 2020, 08h00 - Publicado em 10 set 2020, 08h00
 (Ilustração: Davi Augusto/VOCÊ S/A)
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O maior exemplo de empreendedorismo de Simone Cyrineu, de 35 anos, foi seu pai, que atua no mercado imobiliário há três décadas comprando, vendendo e construindo. “Sempre acompanhei os movimentos dele e vi tudo: a alegria de começar e as dificuldades de quebrar”, diz Simone.

Embora ela tivesse esse DNA, sua vida profissional começou no mundo corporativo — onde foi produtora de audiovisual por cinco anos. Mas em 2013 veio a vontade de ter seu próprio negócio. “Eu não queria mais trabalhar com modelos analógicos de produção. A transformação digital está em tudo, e mesmo assim o audiovisual se mantém antiquado”, diz.

Só que as coisas não começaram rapidamente: ela preferiu estudar o mercado antes de empreender. Durante quatro anos se dedicou a isso e a trabalhos freelancers para manter a renda. “Foi muita pesquisa para criar um modelo que suprisse as demandas que vivi em minhas experiências profissionais, como orçamentos mais práticos, produção estruturada e aprovação rápida do cliente.”

Em 2017, já com três pessoas na equipe, ela deu o pontapé inicial da Thanks for Sharing, produtora de conteúdo de animação em vídeo para o mercado corporativo. “Acionei contatos e depois de um mês já tínhamos um cliente de grande relevância, a Bic.” Em seis meses, outros gigantes se somaram, como Hospital Albert Einstein e Tupperware.

Mesmo em um ano de pandemia, a previsão de faturamento para 2020 é de 1,75 milhão de reais, e a startup já está inovando: ampliou o portfólio de serviços para oferecer produções mais em conta. “Queremos ser acessíveis. Há demanda em empresas de todos os tamanhos.”

Qual “dor” você resolve?

O mercado audiovisual é muito analógico, com prazos lentos e sem um plano de atendimento. Na thanks for sharing criamos uma metodologia estruturada em quatro etapas de produção (planejamento, criação de roteiro, criação visual e finalização), além de uma ferramenta de verificação de tarefas que contribui para otimizar a gestão por parte do cliente, que aprova tudo de modo online, quase em tempo real. isso permite tabelar preços, por exemplo, algo raríssimo no meio, que faz tudo “sob consulta”.

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Como você teve a ideia do negócio?

Eu sabia que precisava criar algo inovador. não adiantava manter o mesmo modelo do mercado, que já estava desgastado. Então reuni os meus apontamentos sobre o que estava ruim e falei com outras pessoas, coletando mais informações e opiniões de onde seria possível inovar. Depois, estruturei tudo isso em uma metodologia de produção e parti para criar um plano de negócio empresarial.

Como começou a executá-lo?

Com o planejamento em mãos e economias que me permitiriam tocar o negócio por seis meses, comecei a buscar profissionais de audiovisual para atuar do desenvolvimento dos vídeos e um escritório para alugar. além disso, conversei com conhecidos para avisar que a empresa estava no ar. Quando você tem algo inovador para mostrar, as pessoas ouvem, mesmo que já tenham uma produtora. É aí que se ganha o negócio, e foi o que funcionou para mim.

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(Arte/VOCÊ S/A)

Qual foi o melhor erro que você já cometeu?

Logo nos primeiros projetos eu deleguei atividades sem ter um conhecimento maior sobre elas, e isso resultou em erros em alguns processos. Depois disso, aprendi que, para atribuir uma função a alguém, você tem que saber bem o que está pedindo e qual é o resultado final esperado. Foi um crescimento para mim enquanto pessoa e enquanto gestora.

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O pior e o melhor conselho sobre empreendedorismo que já recebeu?

O pior conselho que já recebi foi “faça rápido”. Neste mundo acelerado em que vivemos, para muitas pessoas a solução é acelerar as coisas, mas não é bem assim. Há momentos em que nem sempre a agilidade é a melhor resposta, ainda mais quando há preocupação com a qualidade. E o melhor conselho foi “mantenha-se sempre em movimento”. Não podemos nos acomodar. O movimento, mesmo que pequeno, muda as ideias, os objetivos, as relações. ele é importantíssimo para a evolução.

Que empreendedor te inspira e por quê?

Eu sou muito fã da Nathalia Arcuri. aprendi muito com ela sobre empreendedorismo e saúde financeira. além disso, considero o case dela incrível: em cinco anos, saiu do anonimato para a posição de uma das maiores influenciadoras financeiras do mercado.


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