Esta empresa conseguiu evitar que centenas de academias fossem à falência
Aulas online gratuitas, atendimento individualizado e até um banco de currículos estão entre as ações da W12, criadora da plataforma Evo
Não seria de se estranhar que uma empresa que fornece software de gestão para academias de ginástica estivesse em apuros neste momento em que o segmento atravessa a pior crise de sua história. Mas a estratégia de relacionamento com clientes da W12, criadora da plataforma Evo, foi certeira e hoje seu presidente Paulo Akiau, comemora o retorno do faturamento e de venda de novos contratos aos patamares próximos daqueles registrados antes da pandemia. “Recebemos clientes que vieram da concorrência, pois outras empresas de software tomaram decisões muito diferentes da nossa”, disse.
A tática da empresa foi a de fornecer total apoio aos clientes desde o começo da quarentena. Assim que as academias foram obrigadas a fechar as portas, por exemplo, Paulo conseguiu liberar de graça para todos os seus 4 mil clientes mais 350 aulas e treinos online.
“Conseguimos colocar esse pacote de aulas por meio de aplicativo e, assim, nossos clientes puderam manter o relacionamento vivo com seus alunos. Com isso, muitas das academias continuaram atendendo de forma virtual e faturando”, explica.
Com um grupo de profissionais dedicado exclusivamente à negociação, a empresa apostou em um atendimento personalizado e na flexibilização dos pagamentos. “Selecionamos as pessoas mais comunicativas e fomos atendendo um por um. Desde o começo, nós entendemos que teríamos que ser o parceiro mais importante nesse momento. A gente virou um misto de empresa de tecnologia, psicólogo, pai, amigo, guru, tudo junto”, diz Paulo.
Como parte da estratégia de apoio, a empresa começou a selecionar e dividir as melhores práticas de gestão com os clientes. “Viramos um hub”, diz Paulo. Ao longo desses meses de quarentena, a W12 organizou lives, webinares, produziu conteúdos sobre gestão de crise e relacionamento com o cliente.
Todas essas ações amenizaram os efeitos nefastos da crise evitaram que centenas de academias fechassem de vez. Mas o número de demissões no setor ainda é preocupante. Segundo levantamento da W12, podem chegar a 100 mil os profissionais de academia que perderam o emprego. Por isso, Paulo resolveu montar um banco de currículos e dá preferência ao recrutamento desses profissionais n. Na W12 há vagas na área de pré-vendas, comercial, onboarding e atendimento. A empresa não demitiu ninguém da equipe durante a pandemia e está retomando seu plano de contratações.
Na plataforma criada pela empresa e batizada de EVO Talent é possível indicar profissionais do mercado que tiveram que ser desligados devido à crise. Segundo a W12, já foram feitas 40 indicações. As vagas abertas na W12 são na área de pré-vendas, comercial, onboarding e atendimento. A ideia é que as próprias empresas que precisaram dispensar funcionários possam indicá-los para o banco de dados que futuramente será aberto para a concorrência.
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