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Na Trybe, escola de programação, o aluno só paga quando estiver empregado

Fundada pelo empreendedor Matheus Goyas, a escola-startup possui 700 estudantes matriculados e atraiu fundos que investiram US$ 15,7 milhões no negócio.

Por Luciana Lima
1 dez 2020, 16h00
 (Divulgação/VOCÊ RH/Você S/A)
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Aos 30 anos, ele já está na segunda startup de educação. Pode ser por causa de sua origem: Matheus Goyas é filho de uma professora da rede pública. A primeira ele criou em 2012. Foi o AppProva, aplicativo preparatório para o Enem. Deu tão certo que, cinco anos depois, o app foi vendido para o grupo Somos Educação (hoje Cogna).

Em 2019, Matheus criou a Trybe, uma escola de programação na qual os alunos só pagam depois de arrumar emprego. Já são 700 estudantes matriculados, e a Trybe atraiu fundos que investiram US$ 15,7 milhões na startup.

Como você teve a ideia de criar a Trybe?
Depois que vendi o AppProva, percebi que queria continuar empreendendo. Fiz algumas pesquisas e cheguei ao problema da empregabilidade para as profissões de tecnologia. É uma aberração que em um país onde existem quase 20 milhões de desempregados, 500 mil vagas deixem de ser preenchidas por ano por falta de mão de obra qualificada.

Qual é o diferencial da sua escola?
Queremos oferecer uma formação de alta qualidade, alinhada com as necessidades do mercado. Para montar a grade curricular do nosso curso, conversamos com mais de 50 empresas. Os alunos recebem 1.500 horas de formação ao longo de um ano e, além da parte técnica, desenvolvemos soft skills [como relações interpessoais].

Para permitir que quem não tem condições financeiras consiga estudar, o valor do curso (R$ 24 mil à vista e R$ 36 mil a prazo) pode ser pago até cinco anos depois da formatura. A ideia é permitir que ele liquide a dívida só depois de estar empregado.

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Qual o pior conselho que você recebeu? E o melhor?
O de que seria fácil. Empreender não tem nada de fácil. É preciso tirar esse romantismo. Eu larguei a faculdade, abri mão de tudo. Se desse errado, teria um custo muito alto.

Já o melhor conselho que recebi foi o de que era preciso focar nas pessoas. Empreendedor bom é aquele que não tem só uma boa ideia, mas que cria um time coeso, que compartilha do mesmo propósito. Por melhor que seja o seu produto, são as pessoas que irão tirar ele do papel.

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