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Mais barato do que apê, melhor do que república: hotel para estudantes

Empresa especializada em moradia estudantil inaugura prédio exclusivo de 11 andares para abrigar alunos de faculdade em São Paulo

Por Mariana Poli
Atualizado em 22 mar 2020, 16h52 - Publicado em 21 mar 2020, 08h00
Prédio da Uliving, em São Paulo: a empresa importou para o Brasil o modelo de moradia estudantil dos Estados Unidos  (Foto: Omar Paixão/VOCÊ S/A)
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A dinâmica de “república”, em que universitários dividem o mesmo teto para baratear custos, não agrada a todo tipo de jovem. Muitos, aliás, fogem da ideia de ter de enfrentar cozinha bagunçada, banheiro sujo e desentendimentos com colegas.

É nesse público que aposta a Uliving, empresa especializada em moradia estudantil que acaba de inaugurar um prédio de 11 andares só para abrigar universitários em São Paulo. O edifício, original da década de 70, foi todo adaptado.

Além de espaços compartilhados, como cozinha, lavanderia, sala de jogos e coworking, ganhou 157 quartos. Com cerca de 10 metros quadrados, eles lembram os de um hotel e custam de 1 400 a 2 600 reais mensais — os pais não precisam comprovar renda, apenas pagar o mês adiantado.

Esses valores dão direito a banheiro individual ou compartilhado, cama, armário, escrivaninha, ar-condicionado, frigobar e cota-namorado de três pernoites por mês (se exceder esse limite, o custo é de 50 reais por noite). O prédio conta com um gerente de comunidade, responsável por promover a interação entre os moradores, e um staff 24 horas por dia com sete profissionais que se revezam em turnos.

Para implementar a ideia no Brasil, os sócios estudaram modelos de negócios nos Estados Unidos e na Europa e, depois, fizeram vasto levantamento no mercado local. “Visitamos 20 estados para entender a realidade dos estudantes brasileiros. E percebemos que eles têm as mesmas dificuldades, de norte a sul do país, como alugar o imóvel, encontrar um fiador e mobiliar o apartamento”, diz Juliano Antunes, cofundador e CEO da Uliving.

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Além do novo edifício em São Paulo, outro acaba de ser inaugurado no Rio de Janeiro. Segundo Juliano, o investimento nos dois espaços foi de 80 milhões de reais. O mercado, diz ele, é promissor.

“Há cerca de 6 milhões de universitários presenciais no país. Desses, 30% se deslocam. Isso significa que existem 2 milhões de jovens precisando de um lugar para morar.” Com essa demanda latente, a expectativa é dobrar o faturamento em 2020 e chegar a 5 000 camas até 2023. Hoje, a Uliving possui cinco prédios e um total de 1 200 camas. “A maior empresa de student house dos Estados Unidos tem 200 000”, compara Juliano.

 

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