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Conheça a brasileira que é astrônoma da Nasa

A astrônoma Duília Fernandes se apaixonou pelas imagens do espaço na infância. Hoje é pesquisadora da Nasa e uma das cientistas mais importantes do mundo

Por Anna Carolina Rodrigues
Atualizado em 17 dez 2019, 15h28 - Publicado em 15 dez 2014, 21h02
Duilia_Fernandes (Tommy Wiklind/)
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A astrônoma paulista Duília Fernandes de Mello, de 50 anos, passa suas horas olhando para estrelas, constelações e corpos celestes no espaço. Foi assim que descobriu, em 2008, as chamadas bolhas azuis, estrelas solitárias que vivem entre galáxias, e uma supernova, o nascimento de uma estrela, em 1997. Feitos como esse, raros para um astrônomo, fizeram de Duília uma das cientistas de maior prestígio hoje.

A pesquisadora se divide entre os projetos que desenvolve, há 12 anos, para a Nasa, a agência espacial americana, e o trabalho como professora do departamento de física da Universidade Católica da América, em Washington, onde está há seis anos.

Duília se especializou em analisar retratos do espaço feitos pelo telescópio Hubble. “Dá para ver as profundezas do universo”, diz Duília. Ela trabalha em uma equipe de 100 profissionais de todos os lugares do mundo.

Chegar aonde ela está não foi fácil. Filha de um casal de classe média baixa, sem formação superior, Duília foi criada no Rio de Janeiro. Desde pequena, vivia à procura de fotos do espaço. “Era meados dos anos 70, auge da corrida espacial, sondas como o Voyager e Pioneer enviavam imagens do espaço a todo instante, que iam para os jornais”, diz.

Aos 14 anos, decidiu estudar astronomia. Os professores, que não sabiam sobre a carreira, a desaconselharam. A mãe viu a curiosidade da filha e a levou ao Observatório do Valongo, no Rio. “Fiquei empolgada, e minha mãe, preocupada.”

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Aos 17 anos, Duília entrou no curso de astronomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fez mestrado, doutorado e pós-doutorado. Saiu do Brasil em 1997, quando já era pesquisadora, depois que o governo federal cortou as bolsas de incentivo à pesquisa.

“Juntei cartas de recomendação e enviei e-mails para colegas no exterior, o que me proporcionou expe­riências no Chile e na Suécia até chegar ao instituto Hubble, em Maryland, nos Estados Unidos”, diz.

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