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Conheça a história da contadora que virou lutadora do UFC em dois anos

Até 2011, Bethe Pitbull nunca havia pisado num ringue. Saiba como a paraibana transformou a carreira e conquistou uma vaga no maior campeonato de lutas do mundo

Por Por Vanessa Vieira
Atualizado em 17 dez 2019, 15h25 - Publicado em 8 dez 2015, 09h00

SÃO PAULO – A lutadora brasileira de MMA Bethe Pitbull, de 32 anos, tem um histórico impressionante no Ultimate Fighting Championship (UFC), maior campeonato de lutas do mundo. 

São nove vitórias – duas por nocaute – e apenas uma derrota. Mas poucos sabem que a paraibana Bethelania Correia só descobriu sua vocação em 2011, aos 28 anos de idade.  Até então, Bethe se dedicava à carreira de contadora, exercida em escritórios do ramo, em bancos e até na Receita Federal. “Achava a profissão incrível, mas sentia que nunca seria brilhante nela”, diz. Foi para manter a forma que ela se inscreveu, naquele ano, em uma academia de kung fu. “Queria algo mais dinâmico que musculação”. 

O que nem Bethe esperava é que fosse gostar tanto assim das artes marciais. Com três meses de academia, pediu para fazer uma luta amadora. No ringue, ela se descobriu. “Ali decidi que era isso que queria para a minha vida”. A contadora passou a treinar em tempo integral – seis dias por semana, seis horas por dia. A mudança brusca custou o casamento. “Meu marido não aceitou”. A meta de Bethe era chegar ao UFC. “Virei motivo de piada – minha família dizia que eu estava louca e meus colegas falavam que, naquela idade, minha chance de entrar no UFC era 1%”. 

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Ela criou essa chance ao reivindicar pelas redes sociais uma luta no Jungle Fight, maior campeonato de MMA da América Latina. A campanha viralizou e, graças à sua insistência, Bethe conseguiu um duelo contra Erica Paes. Contrariando as expectativas, a novata estreou com vitória, chamou a atenção e foi contratada pelo UFC. Em dois anos, havia passado de contadora a atleta de elite das artes marciais mistas.

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 Em 2015, após três vitórias seguidas, Bethe se tornou a primeira brasileira a disputar um título mundial no torneio, contra a veterana e medalhista olímpica de judô americana Ronda Rousey – única derrota de sua carreira. Hoje, a ex-contadora é motivo de orgulho para a família e conta receber ao menos 15 mensagens por dia de pessoas que se inspiram nela para iniciar uma carreira tardia no esporte. “Hoje eu me encontrei. Pena que demorou tanto”. 

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