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“Inovação é só para os criativos”. Será?

Para Mariane Abrucez, do Instituto de Pesquisa Venturus Inovação & Tecnologia, inovar é algo coletivo e não individual

Por *Por Mariane Abrucez
Atualizado em 17 dez 2019, 15h22 - Publicado em 3 Maio 2016, 13h13

Em momentos de crise como esse em que estamos vivendo, inovação parece ser a palavra de ordem para solucionar os problemas; A luz no fim do túnel para algumas empresas. “Precisamos inovar se quisermos nos manter vivos!”, profetiza seu chefe. E é nesse instante que você, assim como a maior parte da população, pensa “hmmm… esse negócio de inovação não é para mim… eu nem sou criativo!”. Mas será que a inovação se faz possível apenas por meio de pessoas criativas? Quero te mostrar que não!

Antes de mais nada, vamos dar o primeiro passo em direção à inovação e alinhar alguns conceitos. Uma nova ideia só é considerada inovação quando traz resultados, ou seja, gera valor para as empresas. Criar algo com alto índice de novidade, mas com baixos resultados não é inovação. Da mesma forma que criar uma solução altamente lucrativa mas com baixo apelo de novidade, também não é inovação. Associar o alto grau de novidade ao alto índice de resultado, isso é inovação.

Para chegar ao tão esperado resultado, a ideia precisa ser conduzida pelas quatro fases do processo de inovação que tem início na ideação. Aqui sim precisamos de pessoas criativas, motivadas pela mudança e pelo novo, aquelas que enxergam as oportunidades de uma forma diferente das demais. Em seguida, vamos para a fase de conceituação, a mais crítica para as empresas já que ter ideias não é o problema. O problema é colocá-las em prática quando a operação do dia a dia fala mais alto que a inovação, que sempre é algo incerto. Para que essas novas ideias tenham seus riscos mapeados e sejam conduzidas dentro das organizações, precisamos de pessoas orientadas a desafios e com tolerância a trabalhar com incertezas. 

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Passadas essas duas primeiras etapas, chegamos mais perto da experimentação. Para essa fase, precisamos de pessoas com alto grau de adaptação já que são elas que farão testes de conceito, ajustarão o que for necessário e darão às primeiras formas àquela ideia inicial transformando-a em algo mais concreto, como um protótipo, exemplo. A partir das alterações e dos testes realizados na ideia inicial, chegamos à última fase do processo de inovação, a implementação. Sem incertezas, aqui são necessárias pessoas com orientação a resultados, que trabalham com prazos e planejamento começo, meio e fim e escopos fechados. É nesse momento que aquela ideia embrionária toma corpo e escalabilidade.

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É ilusão achar que todas essas competências e habilidades, muitas vezes opostas entre si, possam ser encontradas em uma única pessoa. O que seria da Apple, por exemplo, se Wozniak fosse como Jobs, ou vice versa? A solução para isso é a criação de times, que unam pessoas com os diversos perfis acima citados que, somadas, trabalharão em busca do tão almejado resultado. O primeiro passo é “olhar pra dentro de casa” para identificar esses talentos. E você, já sabe quem da sua equipe poderia ser parte integrante, e fundamental, do seu time de inovação? 

 

*Mariane Abrucez é Supervisora de Recursos Humanos no Instituto de Pesquisa Venturus Inovação & Tecnologia, 

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