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A primavera de concorrentes do ChatGPT

Big techs americanas e chinesas travam uma corrida da inteligência artificial. E dão um empurrão para as ações do segmento – nem sempre para cima.

Por Camila Barros
Atualizado em 11 Maio 2023, 10h40 - Publicado em 10 mar 2023, 06h14
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 (Caroline Aranha/Fotos: Getty Images e Unsplash/VOCÊ S/A)
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Com o boom do ChatGPT, falar em inteligência artificial virou a fórmula mágica para valorizações astronômicas em Wall Street. Mesmo empresas que não contam com esse tipo de tecnologia pegaram carona: o Buzzfeed avançou 307% em dois dias depois de anunciar que usaria a IA para criar conteúdos para seu site. 

Enquanto isso, as big techs entram em uma espécie de “corrida da IA”. O ChatGPT é um projeto da OpenAI, um laboratório de pesquisa em inteligência artificial que recebeu a bolada de US$ 10 bilhões da Microsoft em janeiro. Desde 2019, a companhia de Satya Nadella já havia investido ali outros US$ 3 bilhões. Agora a Microsoft tem se apressado para incorporar a inteligência artificial aos seus serviços. O anúncio foi feito em 7 de fevereiro, dia em que as ações da companhia fecharam em alta de 4,2%. 

Na mesma semana, o Google anunciou seu candidato à concorrência: o Bard, que vem sendo desenvolvido há anos. Na ocasião, as ações subiram 4,6%. Só que, dois dias depois, a agência de notícias Reuters percebeu um erro no vídeo de divulgação que acompanhava o anúncio: quando perguntado sobre as descobertas do telescópio espacial James Webb, o Bard errou uma das respostas. A falha faz a empresa acumular uma queda de 16% na bolsa desde então – e agora ela tem US$ 217 bilhões a menos em valor de mercado. 

Em 25 de fevereiro, foi a vez de a Meta avisar que também já tinha um pezinho no campo de IA: a LLaMA (Large Language Model Meta AI) será liberada apenas para pesquisadores e entidades governamentais, disse a empresa de Zuckerberg, até então focada no metaverso.

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A China também está nessa corrida, do jeito deles. Por lá, o acesso ao ChatGPT foi bloqueado (como não?), e o mercado vem apostando em qual empresa deve assumir o posto de versão chinesa da OpenAI. 

A favorita é a Baidu, o “Google” local. A companhia informou que terminará de testar o Ernie Bot (Wenxin Yiyan, em chinês) agora em março, e deve incorporá-lo aos seus serviços. No dia do anúncio, em 7 de fevereiro, as ações fecharam em alta de 12%.

Outra candidata é a Alibaba, empresa de e-commerce e serviços de computação na nuvem. Ela disse que trabalha em uma tecnologia de inteligência artificial desde 2017, e que está testando um sistema no estilo ChatGPT – mas não deu detalhes do cronograma de lançamento. E esses são só os primeiros episódios dessa corrida. 

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