Após disparada de mais de 6%, petróleo desacelera alta e apazigua temores inflacionários
Passado o baque inicial do corte da Opep+, investidores aguardam novos dados para medir real impacto da alta do barril nos preços.
Depois de saltar mais de 6% ontem, o petróleo desacelera ganhos. Por volta de 8h22, o Brent subia 0,79%, a US$ 85,60. Os índices futuros americanos apreciam a calmaria e também operam em alta.
Passado o susto com o corte da Opep+ (cartel dos países exportadores de petróleo), de um milhão de barris por dia, investidores aguardam novos indicadores para ver o real efeito da medida na inflação. Afinal de contas, os juros mais altos também estão impactando a economia, desacelerando-a. Resta saber quem vence esse cabo de guerra por ora.
Hoje, alguns dados americanos podem iluminar o caminho de investidores. Às 11h, o governo americano divulga o relatório Jolts, que mede o número de vagas de trabalho abertas e fechadas no país em fevereiro. A esperança é que as contratações tenham desacelerado, já que a força do mercado de trabalho é uma das principais propulsoras da alta dos preços.
No mesmo horário, há o desempenho do volume de encomendas à indústria em fevereiro, com expectativa de queda em relação a janeiro.
Mais tarde, três Fed girls (Loretta Mester, Susan Collins, e Lisa Cook) participam de evento, onde podem elucidar os planos do banco central americano para a taxa básica de juros do país, hoje em 5%. Por ora, 64% das apostas vão para uma alta de 0,25 ponto percentual em maio.
Para um cenário diferente, seria necessário, nesse caso, combinar com os árabes.
Bons negócios!
Futuros do S&P 500: 0,36%
Futuros do Dow Jones: 0,21%
Futuros do Nasdaq: 0,43%
*às 8h20
Follow-on da Hapvida
No domingo à noite, a Hapvida anunciou um follow-on de 329,34 milhões de ações, que devem movimentar R$ 863 milhões. Faz parte do plano de reforço do caixa da empresa para aumentar a liquidez.
Em um ano, as ações da companhia desabaram 80%. A queda tem sido especialmente forte desde 1° de março, quando a operadora de planos de saúde reportou um prejuízo de R$ 316 milhões (-35% em relação ao mesmo período do ano anterior) e dívida de R$ 7 bilhões no 4° trimestre de 2022.
Depois do comunicado de follow-on, as ações HAPV3 caíram 6,48%, cotadas a R$ 2,45.
Brasil, 10h: Secretário Extraordinário para a Reforma Tributária, Bernard Appy, participa de evento “Brazil Investment Forum”, do Bradesco BBI;
Brasil, 10h30: Fenabrave traz número de emplacamentos de veículos em março;
EUA, 11h: relatório Jolts sobre empregos de fevereiro;
EUA, 11h: encomendas à indústria em fevereiro;
Brasil, 14h: diretor de Regulação do BC, Otavio Damaso, participa do Brazil Investment Forum;
EUA, 14h30: presidente do Fed de Boston, Susan Collins, e diretora do Fed, Lisa Cook, falam em evento;
Brasil, 17h: Haddad participa do Brazil Investment Forum;
EUA, 17h30: estoques de petróleo do API;
EUA, 19h45: presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, participa de evento.
Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,78%
Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,06%
Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,97%
Bolsa de Paris (CAC): 0,66%
*às 8h08
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,31%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,35%
Hong Kong (Hang Seng): -0,66%
Brent*: 0,79%, a US$ 85,60
Minério de ferro: -2,06%, a US$ 128,15 na bolsa de Dalian
*às 8h22
Saldão da casa própria
O preço dos imóveis em países desenvolvidos tem registrado baixas recordes para os últimos 15 anos. É resultado da alta nas taxas de juros, que encareceu o crédito e, consequentemente, diminuiu a demanda por novos financiamentos. Aí a regra é clara: demanda menor para a mesma oferta é sinônimo de queda nos preços. Má notícia para os proprietários de imóveis, que tem em mãos um bem perdendo valor. A The Economist explica porquê os preços devem continuar caindo por mais algum tempo – e como, neste momento, nem os interessados em comprar imóveis estão saindo ganhando.
Varejistas anti-Shein
As varejistas nacionais estão incomodadas com a concorrência das plataformas de varejo estrangeiras – em especial as asiáticas Shein, Shopee e AliExpress. Os empresários brasileiros reclamam que a competição é desleal, já que as empresas internacionais não pagam os impostos e custos trabalhistas do Brasil. Como resultado, elas conseguem oferecer preços mais baixos e atrair mais consumidores. A BBC conta essa treta, que se estende desde o governo Bolsonaro e tomou novo fôlego com o início do mandato de Lula.