Continua após publicidade

Ata do Fed regula expectativas sobre corte de juros

Futuros de NY acordam em queda à espera de pistas sobre a política monetária americana em 2024.

Por Camila Barros e Sofia Kercher
3 jan 2024, 08h06
-
 (Tiago Araújo/Você S/A)
Continua após publicidade

Bom dia!

A primeira ata do Fed de 2024 sai nesta tarde, às 16h. O documento trará mais detalhes sobre o que rolou na última reunião do Fomc (o comitê de política monetária americana), em 13 de dezembro. A partir dele, os investidores devem calibrar suas expectativas sobre os cortes de juros por lá. 

É que a inflação tem caminhado em direção à meta de 2% para o núcleo (que exclui preços de alimentos e energia) do PCE. Na última medição, em novembro, o núcleo ficou em 3,2% ao ano, melhor do que as expectativas. E uma desaceleração em relação a meses anteriores: em agosto, 3,7%; setembro, 3,6%; outubro, 3,4%. 

Por isso, o sentimento geral é de que os juros americanos, atualmente a 5,5% (pico em 22 anos), devem começar a baixar em breve. 

O Fed jogou lenha nessas expectativas com sua edição de dezembro do dot-plot, documento trimestral que compila as previsões dos membros da instituição sobre o futuro dos juros. O relatório indicou um corte de 0,75pp ao longo de 2024, para 4,75% ao fim do ano. 

Boa parte do mercado acredita que a redução começará logo no começo do ano, na reunião de março. Segundo dados do CME, 67% dos agentes de mercado antevêem este cenário. Para a reunião de 31 janeiro, o consenso (89%) é de que os juros permanecerão estacionados em 5,5%. 

Hoje, a ata do Fed pode causar duas reações opostas. Se vier em tom dovish, confirmando a tese de início dos cortes, o documento deve renovar o otimismo de Wall Street – que levou o S&P 500 à alta de 24% em 2023 ancorada nessa expectativa. Mas, se vier hawkish, exigindo paciência dos investidores, deve drenar o bom humor de ano novo dos mercados. 

Continua após a publicidade

Por ora, no pré-mercado, os índices acordam em posição de cautela, em queda (veja abaixo). O EWZ, ETF que acompanha a bolsa brasileira em NY, também sede (-0,79%). 

Empregos 

Quem guia as decisões do Fed são os indicadores econômicos do país – e a saúde do mercado de trabalho é um dos principais deles. 

No fim desta semana, sai o Payroll, principal relatório de empregos do país. Mas hoje tem o esquenta: o Jolts, que mostra o ritmo de abertura de novos postos de trabalho. 

Um mercado de trabalho forte atrapalha a jornada do BC no combate à inflação, já que trabalhadores bem empregados consomem mais e aquecem a economia. Por isso, para Wall Street, o esfriamento do mercado tem sido interpretado como um bom sinal – enquanto sinais de aquecimento aumentam o pessimismo. Mais um elemento que pode instigar ou apagar a euforia dos mercados hoje. 

Continua após a publicidade

Bons negócios!

Compartilhe essa matéria via:
Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,24%

Futuros Nasdaq: -0,44%

Continua após a publicidade

Futuros Dow Jones: -0,16%

*às 7h54

Agenda

12h (EUA):  Relatório de abertura de vagas (Jolts) de novembro

16h (EUA):  Fed divulga ata da mais recente decisão monetária

Continua após a publicidade

Europa

                      • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,89%
                      • Londres (FTSE 100): -0,45%
                      • Frankfurt (Dax): -0,69%
                      • Paris (CAC): -1,17%

                      *às 7h57

                      Fechamento na Ásia

                          • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,24%
                          • Hong Kong (Hang Seng): -0,85%
                          • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,22%
                          Continua após a publicidade

                          Commodities

                                                                    • Brent*: 0,33%, a US$ 75,64
                                                                    • Minério de ferro:  1,33%, a US$ 143,28 por tonelada na bolsa de Dalian (China).

                                                                    *às 7h56

                                                                    Vale a pena ler:

                                                                    30 estratégias para “bater o mercado” 

                                                                    Pesquisadores associados à gestora americana Dimensional Investing decidiram testar diferentes estratégias de investimento que tentam acertar na mosca o momento certo de entrar e sair de uma ação. Das 720 testadas, só trinta “funcionaram” — ou seja, foram mais rentáveis do que simplesmente comprar uma cesta variada de ações e deixá-las na carteira. 

                                                                    E isso não significa que elas têm como dar certo em momentos diferentes da economia. Ou seja: bater o mercado no longo prazo é quase que uma impossibilidade estatística (a não ser que seu nome seja Warren Buffett). Veja mais neste artigo da VCSA

                                                                    Publicidade

                                                                    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

                                                                    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

                                                                    Domine o fato. Confie na fonte.

                                                                    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

                                                                    MELHOR
                                                                    OFERTA

                                                                    Digital Completo
                                                                    Digital Completo

                                                                    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

                                                                    a partir de 9,90/mês*

                                                                    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
                                                                    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

                                                                    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
                                                                    Fechar

                                                                    Não vá embora sem ler essa matéria!
                                                                    Assista um anúncio e leia grátis
                                                                    CLIQUE AQUI.