Ataque do Hamas a Israel faz petróleo disparar e derruba bolsas
Fonte de instabilidade nas últimas semanas, o mercado de Treasuries não abre nesta segunda por feriado nos EUA.
Bom dia!
O ataque do grupo terrorista Hamas a Israel, iniciado no sábado, fez disparar os preços do petróleo e complicou a equação de riscos do mercado financeiro, que vinha de semanas de instabilidade.
Já são mais de 1,1 mil mortos, e a contraofensiva de Israel à invasão envolve o bloqueio à faixa de Gaza, cortando o fornecimento de energia, comida e remédios.
O governo de Benjamin Netanyahu acusa o Irã de apoiar o grupo terrorista nos ataques, um ingrediente a mais nessa disputa que ajuda a explicar os efeitos da guerra nos mercados financeiros.
Os Estados Unidos, que acompanham o conflito, negaram que tenha existido apoio iraniano nos ataques.
Acontece que o Oriente Médio é uma das mais importantes regiões produtoras de petróleo, e um conflito na região tende a afetar a produção e exportação da commodity, o que ajuda a explicar a disparada do preço do barril.
Nesta manhã, o brent subia 3,77%, para US$ 87 o barril.
Ações de petroleiras e empresas ligadas à guerra são destaques de alta nesta manhã. A Petrobras avança 2,63% no pré-mercado em Nova York. Trata-se de exceção em meio a um clima majoritariamente negativo.
Os futuros das bolsas americanas recuam nesta manhã, assim como as bolsas europeias. O EWZ, o ETF representa a bolsa brasileira nos Estados Unidos, cede 0,17%.
Os mercados financeiros acumulam instabilidades nas últimas semanas, em meio à disparada dos juros americanos – uma reação às indicações do Fed (o BC dos EUA) de que os juros por lá devem ficar em patamares mais altos do que investidores esperavam.
A segunda-feira tende a ser ainda mais complicada porque o mercado de Treasuries, a dívida americana, não abre nesta segunda devido ao feriado de Columbus Day. É como se os investidores precisassem tomar uma decisão sem todas as informações necessárias. É hora de apertar os cintos, porque o mercado vai balançar mais. Bons negócios.
Futuros do S&P 500: -0,59%
Futuros do Nasdaq: -0,76%
Futuros do Dow Jones: -0,45%
*às 8h07
Rússia libera exportações de diesel
Quinze dias após restringir a venda do combustível para outros países, o governo russo anunciou a liberação das exportações de diesel na sexta-feira (6). O corte foi uma tentativa de estabilizar o mercado local, que está passando por problemas de escassez e inflação dos combustíveis.
Essa decisão deve beneficiar o mercado brasileiro, já que a Rússia se tornou a principal fonte das importações de diesel do país em abril, superando a liderança histórica dos Estados Unidos.
Segundo dados oficiais do governo, de janeiro a agosto, o Brasil importou US$ 2,11 bilhões em diesel russo — quase 120x mais em relação ao mesmo período do ano passado, quando tinha importado US$ 18 milhões. De diesel americano, foi US$ 1,83 bilhão nesse intervalo. Uma queda de 65% em relação ao ano passado (US$ 5,26 bilhões).
Isso aconteceu porque as sanções impostas pelos países europeus à Moscou após a invasão à Ucrânia forçaram a Rússia a negociar seus derivados de petróleo a preços menores que os de mercado. A oferta veio a calhar para o Brasil, que não participou das sanções.
EUA: Feriado de Columbus Day para negociação de Treasuries; ações funcionam normalmente
Marrocos: FMI e Banco Mundial realizam reuniões anuais
08h25: BC divulga pesquisa semanal Focus
10h: Haddad concede entrevista sobre Desenrola
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,44%
- Londres (FTSE 100): 0,26%
- Frankfurt (Dax): -0,54%
- Paris (CAC): -0,32%
*às 8h07
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,13%
- Hong Kong (Hang Seng): 0,18%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,26%
- Brent: 3,64%, a US$ 87,66
- Minério de ferro: -2,76%, a US$ 113,58 na bolsa de Dalian, na China
*às 8h05
O fim do livre mercado?
Em uma série de reportagens especiais, a Economist destrincha a ascensão do que chamam de “economia nacional” – uma ideologia protecionista, com elevados subsídios e forte intervenção do Estado.
Em posicionamento editorial, a revista afirma que os valores liberais clássicos não estão apenas impopulares, mas cada vez mais ausentes do debate político.
Pior: vêm sendo substituídos por um modelo falho, que diagnostica mal os erros econômicos, sobrecarrega o Estado com responsabilidades inconcebíveis e coloca em risco as mudanças sociais e tecnológicas que estão acontecendo no mundo todo.