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Balanço do BofA vem bom, Reino Unido volta atrás no plano fiscal e bolsas sobem

No Brasil, a previsão do Boletim Focus para os IPCAs de 2022 e 2023 vem mais otimista. CVCB3, EMBR3, AZUL4 e GOL4 reagem às quedas recentes e disparam.

Por Bruno Vaiano
17 out 2022, 17h42
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 (Caroline Aranha/Fotos: Getty Images e Unsplash/VOCÊ S/A)
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O final de semana fez bem para o Ibovespa. Depois de cinco pregões seguidos em queda, os investidores puseram de lado o medo generalizado de recessão e foram às compras, inspirados por Wall Street: alta de 1,38% aqui em São Paulo. Em Nova York, Nasdaq marcou 3,43% e S&P 500, 2,65%. 

Uma das razões para a segunda-feira bem humorada veio do Reino Unido. É que Jeremy Hunt, o novo ministro das Finanças de lá, vai revisar o plano econômico da primeira-ministra Liz Truss, que previa um corte de impostos com potencial para acabar com a saúde fiscal do país. O anúncio pôs fogo no parquinho dos ativos de risco nas últimas semanas; Hunt vem apagar o incêndio. A libra respirou aliviada: às 17h, subia 1,54%, a US$ 1,13. 

Outra é que a temporada de balanços do 3º trimestre começou bem, com um resultado animador do Bank of America (BofA): o lucro líquido do gigante entre julho e setembro foi de US$ 0,81 por ação – US$ 7,1 bilhões ao todo –, contra os US$ 0,78 previstos por especialistas. No mesmo período do ano passado, eles lucraram US$ 0,73 por papel. 

De acordo com o Morgan Stanley, a temporada de balanços promete ser boa. A não ser que alguma empresa grande traga uma surpresa infeliz – ou que os EUA entrem em recessão –, o banco prevê que as bolsas entrem num breve rally de altas, capaz de compensar algumas perdas do festival do urso que Wall Street tem protagonizado nas últimas semanas.

No Brasil, mais motivos para alta. O Boletim Focus, que na segunda-feira passada falava em IPCA de 5,71% no acumulado de 2022 e 5,00% em 2023, veio com previsões mais otimistas: 5,62% para este ano e 4,97% para o próximo. 

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Por fim, a China hoje ajudou as bolsas sem querer, seguindo a velha máxima “se não é para ajudar, não atrapalha”: a cúpula do Partido Comunista promove seu 20º Congresso Nacional, e optou por adiar a divulgação dos resultados econômicos do país no 3º trimestre – que, preveem os economistas ocidentais, talvez não venham dos melhores. 

Por aqui, o destaque ficou com o setor aéreo e de turismo – justamente o que mais apanha com o cenário de possível recessão global (vide o que aconteceu com elas lá no auge da pandemia). 

Embraer (EMBR3), Azul (AZUL4), Gol (GOLL4) e CVC (CVCB3) tinham tombado mais de 50% nos últimos 12 meses. Mas nesta segunda-feira amiga dos ativos de risco, o vilipendiado setor reagiu com força (veja lá embaixo, nas maiores altas do dia). 

E a campeã aí foi a CVC, com uma arrancada de quase dois dígitos. Além de surfar na onda da reação das aéreas/turísticas, a empresa de pacotes anunciou um plano de fidelidade para seus clientes, com pontos que acumulam e podem ser trocados por descontos e outras benesses. O mercado gostou da iniciativa – pois sabe que humanos são viciados em acumular pontos.

A decolagem do mercado não está exatamente autorizada, claro: o que tivemos foi um dia de alta em meio a um mercado particularmente volátil. Mas a temporada de balanços tem potencial para gerar um oásis acionário, em meio ao deserto da alta dos juros americanos. A ver. 

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Até amanhã! 

Maiores altas

CVC (CVCB3): 9,18%
Embraer (EMBR3): 6,58%
Azul (AZUL4): 6,11%
Locaweb (LWSA3): 5,37%
Eletrobras (ELET3): 4,90%

Maiores baixas

MRV (MRVE3): -11,42%
Fleury (FLRY3): -3,54%
Braskem (BRKM5): -2,87%
Yduqs (YDUQ3): 1,45%
Usiminas (USIM5): 1,22%

 

Ibovespa: 1,38%, a 113.623 pontos

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Em NY:

S&P 500: 2,65%, a 3.678 pontos

Nasdaq: 3,43%, a 10.675 pontos

Dow Jones: 1,87%, a 30.118 pontos

 

Dólar: – 0,37%, a R$ 5,30

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Petróleo

Brent: – 0,01%, a US$ 91,62

WTI: – 0,18%, a US$ 85,46

 

Minério de ferro: -1,93%, a US$ 95,29 a tonelada, na bolsa de Dalian

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