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Bolsas nos EUA sobem no muro com reunião entre Biden e McCarthy

Encontro tenta achar uma saída para a dívida americana, que flerta com default. No Brasil, investidores celebram votação do arcabouço fiscal nesta semana.

Por Tássia Kastner, Alexandre Versignassi
22 Maio 2023, 07h57
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

A semana começa com uma reunião entre Joe Biden e o presidente da Câmara americana, Kevin McCarthy. A novela se arrasta há semanas: os americanos tentam negociar um acordo para elevar ou suspender o teto da dívida dos EUA, algo que precisa de aval do Congresso. Sem isso, os Estados Unidos podem dar um impensado calote.

Janet Yellen, secretária do Tesouro americano, avisou que não deve haver dinheiro suficiente em caixa depois do dia 15 de junho. O Goldman Sachs calcula que, sem acordo, o default viria uma semana antes, pelo dia 8 de junho.

É uma corrida para desarmar uma bomba-relógio cuja explosão teria efeitos globais. Isso porque a dívida americana é considerada há décadas o investimento mais seguro do planeta. Faz parte dos balanços dos bancos e das reservas de basicamente qualquer país. Um calote bagunça as contas de todo mundo – literalmente –, com consequências imprevisíveis.

Enquanto isso, o Brasil se prepara para votar o novo arcabouço fiscal entre terça e quarta-feira. De Brasília, as notícias que chegam é que o projeto deve passar com folga. E investidores compraram essa ideia: os futuros do ETF EWZ, que representa a bolsa brasileira em Nova York, sobem mais de 1% nesta manhã. Isso enquanto os futuros americanos andam de lado.

A alegria com o acordo no Congresso é tanta que investidores se dão ao luxo de ignorar até o tombo do minério na China. É a semana do touro. Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida
(Arte/VOCÊ S/A)

Futuros do S&P 500: -0,02%

Futuros do Dow Jones: 0,06%

Futuros do Nasdaq: -0,14%

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*às 7h41

market facts

IPCA+2035: 625% do CDI em um mês

Em um mês, a taxa de juros reais do título IPCA+ 2035 despencou de 6,07% para 5,67%. A regra é clara: baixou a taxa, sobe o preço do título. E o resultado em 30 dias, até a última sexta, é uma alta de 5,75% no valor dos papéis (e no saldo de quem os tem na carteira). 

Trata-se de um resultado avassalador para um papel de renda fixa. Veja só: como o CDI em termos mensais está em 0,92%, o que temos aí é um rendimento de 625% do CDI. Cortesia da criação de um cenário mais propício para o início dos cortes na Selic dentro dos próximos meses. A ver se a animação seguirá nessa toada.

Agenda

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8h25: Boletim Focus

10h: Campos Neto fala em evento sobre autonomia do Banco Central

14h30: Ministério do Planejamento divulga o segundo relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas 

EUA: Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, têm reunião sobre teto da dívida

Europa

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Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,14%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,16%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,15%

Bolsa de Paris (CAC): -0,17%

*às 7h41

Fechamento na Ásia

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Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,63%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,90%

Hong Kong (Hang Seng): 1,17%

Commodities

Brent*: -0,03%, a US$ 75,56

Minério de ferro: -2,65%, a US$ 101,87 por tonelada na bolsa de Dalian

*às 7h40

Vale a pena ler:

Dólar Coldplay, dólar Netflix, dólar soja…

As várias cotações da moeda americana na Argentina são algo mais simples do que parecem: alguns não passam de subsídios; outros, sinais de que o governo não tem condições de manter controle sobre o preço do dólar em suas terras. Entenda a raiz do problema, e as causas da baderna econômica do país vizinho nesta reportagem da VCSA

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