Bradesco e bitcoin derretem em dia de tombo generalizado nas bolsas
BBDC4 afunda 17,38%, arrasta os outros bancos e puxa Ibov para - 2,22%. Em Nova York, S&P cai 2% à espera do fim da apuração das eleições americanas.
Por Júlia Moura
9 nov 2022, 18h40 • Atualizado em 9 nov 2022, 18h47
(Caroline Aranha/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
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Esta quarta-feira foi um daqueles pregões agitados no mundo todo. Além da temporada de balanços, que já chacoalha as ações, os Estados Unidos passam por uma eleição importantíssima. Para completar a festa (ao contrário), o mundo das criptomoedas derrete com a iminente falência de uma de suas principais “corretoras” de negociação, a FTX. Por enquanto, o saldo desses eventos é negativo, levando o Ibovespa a fechar em queda de -2,22%.
Na noite de ontem, o Bradesco (BBDC4) divulgou um balanço bem pior do que o esperado e, hoje, suas ações derreteram 17,38%, levando junto papéis do setor. O lucro do banco no terceiro trimestre caiu 23% na comparação anual, para “míseros” R$ 5,223 bilhões. O maior vilão foi o aumento da inadimplência, mais do que o mercado já projetava após o resultado fraco do Santander.
A fraca receita com seguros e tarifas também não ajudou. O trimestre foi tão desastroso que, no mês passado, só com dados preliminares do setor, o Itaú BBA (braço de investimentos do banco) e o JP Morgan rebaixaram a recomendação para os papéis do Bradesco de compra para neutra.
Hoje, as ações do Itaú (ITUB4) cederam 4,80%, as do Santander (SANB11), 5,96% e as do Banco do Brasil (BBAS3), 2,65%. Hoje, após o fechamento do mercado, o BB divulga seus números e, amanhã, é a vez do Itaú.
Nos EUA, a votação para a composição do Congresso segue em apuração (sdds urna eletrônica). Por enquanto, o partido republicano vai confirmando seu favoritismo, apesar da margem ser menor do que apontavam as pesquisas eleitorais. O controle da Câmara, segundo projeções, será deles, mas a maioria do Senado ainda está indefinida e pode ficar com os democratas. E, pode ser que isso só seja definido em dezembro porque no estado da Georgia, a eleição foi para o segundo turno.
Se esperava que os republicanos iriam formar maioria nas duas casa com facilidade, o que poderia ajudar o mercado financeiro, já que eles costumam ser mais liberais na economia, com medidas que beneficiam empresas. Por lá, o S&P 500 cedeu 2%.
Já o bitcoin teve uma forte queda de 13%, para US$ 16.216, renovando sua mínima desde 2020. O ativo, assim como as demais criptos, segue pressionado pelo drama em torno da FTX. Para não falir, a companhia depende da salvação de sua maior concorrente, a Binance. Isso porque o dono desta outra “corretora” tem a maior parte dos ativos da FTX, o token da plataforma chamado de FTT, em mãos (sim, um grave erro do dono da FTX). Governança passou longe.
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No Brasil, os olhos seguem atentos à transição do governo. Nesta quarta, Lula se encontrou com o presidente da Câmara, Arthur Lira. Um pouco mais cedo, o deputado disse que “temos que ter a tranquilidade de que as eleições findaram, o resultado está posto, a democracia exige respeito, ordenamento, tranquilidade para que o Brasil continue performando”.
Para conseguir aprovar a PEC da transição, que libera recursos para o Bolsa Família de R$ 600 no ano que vem, o novo governo federal precisará do apoio de Lira e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Além dos votos de partidos da oposição. Caso aprovado, seriam gastos R$ 175 bilhões fora do teto de gastos.
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