Continua após publicidade

Dólar já caiu 3,6% em quatro semanas. E não é só no Brasil.

No México, a queda foi de 4,28%. No Chile, 6,3%. Será que o pico da moeda americana ficou para trás?

Por Alexandre Versignassi, Guilherme Jacques
14 jan 2022, 08h49
-
 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
Continua após publicidade

O dólar já caiu 3,6% desde o pico mais recente. Em 20 de dezembro, estava cotado a R$ 5,74. Ontem, fechou a R$ 5,53. Não se trata de um surto global de confiança no Brasil. A moeda americana está perdendo força no mundo todo. Principalmente nos mercados emergentes. 

A desvalorização do dólar ante o peso mexicano, a moeda da segunda maior economia da América Latina (atrás da nossa), foi de 4,28% no mesmo período. Contra o peso chileno, que também tem uma certa musculatura no mercado global, 6,3%.

A força por trás do fenômeno foi uma quebra na lógica do mercado nos últimos anos. Quando juros caem num país, a moeda do país tende a perder valor. Os EUA mantêm seus juros perto de zero desde março de 2020, e mesmo assim a moeda seguiu subindo. Em dezembro, o Fed anunciou que os juros vão sair do zero logo mais – e aí o dólar ganhou mais força ainda.

De lá para cá, porém, parece ter havido um entendimento de que a moeda já estava num patamar que desafiava a lógica. E quem tem reservas em dólar passou a vender com mais intensidade, para aproveitar o momento. Para quem não está habituado com mercado de câmbio: vende-se dólar em troca de outras moedas (compram-se pesos chilenos para investir na Bolsa de Santiago; compram-se reais para colocar em títulos públicos brasileiros que estão pagando a inflação mais 5%; só para dar dois exemplos). Nisso, o valor das outras moedas sobe. Em outras palavras, o dólar cai.

Claro que tudo isso pode mudar caso o Fed decida subir seus juros numa intensidade e numa velocidade um teco maior do que o mercado espera. Mas o momento do dólar é, sim, de baixa. 

Nas bolsas americanas, que ditam o ritmo das demais, o dia começa em leve alta, com os investidores aguardando os dados da produção industrial americana em dezembro. Por aqui, o IBGE, divulga as vendas no varejo em novembro.

Boa sexta.

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:

humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: 0,21%

Futuros Nasdaq: 0,10%

Futuros Dow: 0,31%

Continua após a publicidade

*às 8h15

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,82%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,06%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,63%

Continua após a publicidade

Bolsa de Paris (CAC): -0,67%

*às 8h09

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,82%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,28%

Continua após a publicidade

Hong Kong (Hang Seng): -0,19%

Commodities

Brent: 1,33%, a US$ 85,59*

Minério de ferro: -1,43%, a US$ 128,00, no porto de Qingdao na China

*às 8h05

Continua após a publicidade

Agenda

9h – IBGE divulga os dados de vendas no varejo em novembro.

11h15 – Fed, o banco central americano, divulga os dados da produção industrial de dezembro.

market facts

Itaú compra corretora

O Itaú (ITUB4) anunciou um acordo para comprar a Ideal, uma corretora digital. Primeiro, o banco vai adquirir 50,1% do capital social da empresa, movimentando R$ 650 milhões. Cinco anos depois, poderá comprar os 49,9% restantes e controlar a companhia. Ainda assim, segundo o comunicado, a Ideal continuará operando de forma autônoma, ou seja, sem que o seu dono tenha exclusividade na prestação de serviços. O anúncio ocorre pouco tempo após o banco se desfazer da sua participação na XP vale lembrar: em 2018, o Banco Central impediu que o Itaú se tornasse o controlador da instituição.

O drama do turismo

Depois de um tombo de 36,6% em 2020, o setor do turismo deve observar um crescimento de 22,5% no balanço fechado de 2021, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O resultado estaria longe da sonhada recuperação, que, ao que tudo indica, será mais uma vez adiada. Isso porque espera-se que os resultados de dezembro e janeiro já observem os efeitos do salto no número de casos de Covid-19, provocados pela variante Ômicron. Claro, quanto maior o risco de contaminação, menos viagens são realizadas. Mas o baque maior ainda deve vir em fevereiro com o cancelamento das celebrações de carnaval. A entidade aponta que, antes da pandemia, o evento movimentava R$ 8,1 bi em todo o Brasil.

Vale a pena ler:

Cripto Rio

O Rio de Janeiro está prestes a virar uma nova versão de El Salvador – o país que tornou o Bitcoi uma  de suas moedas oficiais. Segundo o prefeito Eduardo Paes, o município deverá investir uma porcentagem do tesouro em criptomoedas. Trata-se do projeto Cripto Rio. Entre os planos, está a possibilidade de se conceder descontos para o pagamento de impostos com bitcoin. No O Globo.

Revolução ou pirâmide?

Metaverso, games que rendem dinheiro, finanças descentralizadas. Essas criaturas estão por trás de criptomoedas que valorizaram mais de 1.000% nos últimos meses. Na reportagem de capa da Você S/A deste mês, explicamos este novo capítulo da saga cripto e apontamos as oportunidades e os riscos que ele traz. Leia aqui

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.