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Economia chinesa desacelera em julho, e banco central corta juros

Dados fracos do país asiático injetam mais uma dose de pessimismo nos investidores nesta segunda-feira, enquanto commodities caem com a notícia.

Por Bruno Carbinatto, Camila Barros
15 ago 2022, 08h08
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

A semana começa com dados importantes divulgados na China, que mostram uma desaceleração considerável na segunda maior economia do mundo. Em julho, a produção industrial chinesa cresceu 3,8% – um número nada trágico, é verdade, não fosse a expectativa de 4,5% do mercado.

Outro indicador sobre a força da economia chinesa ficou aquém: as vendas no varejo chinês cresceram “só” 2,7% no mês, frustrando a previsão de um salto de 5%. Mais: um em cada cinco jovens chineses está desempregado, o maior nível desde que o governo chinês começou a divulgar esse dado, em 2018, segundo o Wall Street Journal.

Também ontem o banco central chinês divulgou uma decisão que não estava no radar dos investidores: cortou a taxa de juro sobre empréstimos de um ano, que foi de 2,85% para 2,75%. 

É uma tentativa de estimular uma economia que já vinha se mostrando lenta nos últimos meses, já que o país enfrentou uma série de lockdowns severos para conter a Covid-19 que chegaram inclusive a impactar no PIB chinês. Pequim é o último governo relevante a manter a política de “Covid zero”, ou seja, os lockdowns podem voltar a qualquer momento, adicionando mais uma camada de imprevisibilidade sobre os próximos passos da economia chinesa.

A falta de gás do país asiático também contribui para o temor geral que os investidores mundo afora estão passando, com tempos nublados para a economia global. Ao contrário da China, bancos centrais no ocidente estão subindo as taxas de juros para tentar combater a inflação recorde, o que também pressiona suas economias.

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Nisso, os dados fracos chineses anunciam uma queda na demanda por commodities: o minério de ferro cai 3,29% nesta manhã em Cingapura, e o petróleo tomba quase 5%. Os índices futuros americanos, por sua vez, apontam para baixo.

Boa segunda-feira.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,49%

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Futuros Nasdaq: -0,30%

Futuros Dow: -0,50%

*às 7h59

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,17%

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Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,10%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,07%

Bolsa de Paris (CAC): 0,20%

*às 8h00

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,13%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,14%

Hong Kong (Hang Seng): -0,67%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent: -4,78%, a US$ 93,46*

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Minério de ferro: -3,29%, cotado a US$ 105,85 por tonelada em Cingapura

*às 7h49

market facts

Mulheres estão mais endividadas

De acordo com um levantamento feito pela Paschoalotto, empresa que atua com cobrança de dívidas, as mulheres estão se endividando cada vez mais. 70% dos endividados analisados pela pesquisa são, na verdade, endividadas. Entrevistada pelo Estadão, Marina Roale, responsável pela área de Pesquisa do Grupo Consumoteca, disse que estamos passando por uma “recessão feminina”. Isso porque, desde o início da pandemia, quando o aumento da informalidade foi expressivo entre as mulheres, a renda das famílias passou a ser mais incerta. Por isso, ela acredita que as conquistas que as mulheres tiveram no mercado de trabalho retrocederam nos últimos dois anos.

Vale a pena ler:

Indústria automobilística pós pacote climático nos EUA

O Congresso norte-americano aprovou um pacote de medidas climáticas e energéticas endossado por Joe Biden. Uma das propostas é oferecer crédito fiscal de US$ 7500 para compradores de veículos elétricos fabricados nos EUA. O objetivo é claro: tornar os carros elétricos mais acessíveis e, ao mesmo tempo, combater o domínio chinês na cadeia de suprimentos da indústria automobilística. Mas os fabricantes têm reclamado que as condições desse benefício são tantas que poucos carros poderão se qualificar. Aqui, o New York Times discute quem ganha e quem perde com a nova medida.

Relógios de luxo (ainda mais) caros 

Os preços dos relógios de luxo subiram cerca de 7% neste ano. E olha que as grifes tentaram suavizar para o lado dos consumidores: segundo Alessandro Ficarelli, diretor de produtos da Panerai, a empresa reduziu a margem de lucro dos relógios de ouro em 2022. Ele diz que, caso acompanhasse a variação do metal, o valor das jóias teria praticamente triplicado. O Valor mostra como esse mercado foi afetado pela alta dos preços dos metais preciosos. 

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Dia de agenda esvaziada.

Temporada de balanços
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Balanços de Vibra Energia, Gafisa, Banco Inter, IRB e Yduqs, após o fechamento do mercado.

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