Continua após publicidade

Haddad faz a alegria da Faria Lima e Ibovespa sobe 1,62%

Ministro da Fazenda disse que vai adiantar apresentação do novo arcabouço fiscal para março – além de adiar conversa sobre metas de inflação. Gestores de fundos defendem uma revisão para cima para aliviar a Selic.

Por Júlia Moura
Atualizado em 15 fev 2023, 18h32 - Publicado em 15 fev 2023, 18h32
-
 (Caroline Aranha/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
Continua após publicidade

Depois da turbulência causada pelas investidas de Lula contra o Banco Central, tudo que o mercado precisava era de um bom calmante. O acalanto veio com o passador extraoficial de panos quentes do governo, Fernando Haddad. 

O ministro da Fazenda adiantou de abril para março a apresentação do tão esperado substituto do teto de gastos e deixou para mais tarde a discussão sobre as metas de inflação. Era o que a Faria Lima precisava. O Ibovespa subiu 1,62%, enquanto os juros futuros cederam, dando uma acalmada nas taxas dos títulos IPCA+. O 2035, que amanheceu em 6,39% foi dormir a 6,30%.

Outro atenuante na tensão entre o Lula e BC é que três nomes respeitados no mercado financeiro apoiaram publicamente a mudança na taxa de inflação buscada pelo Banco Central, o que facilitaria uma redução na Selic. No mesmo evento do BTG onde falou Haddad, Rogério Xavier, da SPX Capital, Luis Stulhberger, do Fundo Verde, e André Jakurski, da JGP Capital defenderam que o BC revise a meta para cima.  

Xavier disse que não faz sentido o BC trabalhar com uma meta (3,25% para 2023 e 3,00% para 2024) definida antes dos choques inflacionários da pandemia e da guerra da Ucrânia. “A meta de inflação está errada. […] BC fez uma barbeiragem tremenda”, afirmou. 

“A discussão da meta é cabível e não é o fim do mundo. E não implica perda de credibilidade. Buscar uma meta irrealista não é uma coisa para o Brasil no momento em que estamos. Mas precisamos de um arcabouço fiscal crível”, disse Stulhberger.

Já Lula deve deixar a pauta de lado, pelo menos por enquanto. Segundo o Valor Econômico, membros do governo conseguiram convencer o presidente a evitar mais ataques diretos a Roberto Campos Neto e novas falas sobre a Selic, deixando as críticas para outros políticos do PT. Os ministros também foram orientados a evitar críticas diretas ao BC, falando apenas do alto patamar de juros.

Para completar o pacote, o presidente da Câmara disse que Haddad está focado na reforma tributária e que, se possível, ela deve ir ao plenário ainda neste semestre. O grupo de trabalho que vai debater o tema na casa foi criado nesta quarta, com prazo de 90 dias para elaborar um parecer sobre o projeto.

Continua após a publicidade

Enquanto isso, em Wall Street…

O Fed bem que tenta, mas a economia americana não se aquieta. Em janeiro, o varejo vendeu 3% a mais que em dezembro (quando havia recuado 1,1%). É o maior salto mensal desde março de 2021. O número veio bem melhor que as estimativas (1,9%) e preocupou o mercado. Se nem com 4,75% de juros (os maiores por lá desde 2007) os americanos freiam o consumo, qual o patamar de taxa para que a inflação (em 6,4%) rume à meta deles, de 2%? Cada vez mais, os 5% que o mercado espera parecem insuficientes. 

Olhando para o copo meio cheio, a resiliência do consumo também indica que os juros altos podem não ser capazes de gerar uma grande recessão nos EUA. Na dúvida, o S&P 500 subiu 0,28%.

 

MAIORES ALTAS

Hapvida (HAPV3): 7,64%

MRV (MRVE3): 5,85%

Continua após a publicidade

Natura (NTCO3): 5,73%

Via (VIIA3): 5,58%

CSN Mineração (CMIN3): 5,24%

MAIORES BAIXAS

Magazine Luiza (MGLU3): -4,19%

Totvs (TOTS3): -4,16%

Continua após a publicidade

Cyrela (CYRE3): -1,11%

Braskem (BRKM5): -0,68%

Metalúrgica Gerdau (GOAU4): – 0,63%

Ibovespa: 1,62%, aos 109.600 pontos

Em Nova York

S&P 500: 0,28%, aos 4.148 pontos

Continua após a publicidade

Nasdaq: 0,92%, aos 12.071 pontos

Dow Jones: 0,11%, aos 34.128 pontos

Dólar: 0,41%, a R$ 5,2197

Petróleo

Brent: -0,23%, a US$ 85,38 

WTI: -0,59%, a US$ 78,59

Minério de ferro: 2,18%, a US$ 126,46 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.