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IGP-M tem deflação maior do que o previsto em abril

Inflação do aluguel recuou 0,95% ante março, mas notícia pode não ser o suficiente para ofuscar o balanço da Vale abaixo do esperado. Nos EUA, expectativa é positiva para o PIB do 1º tri.

Por Júlia Moura, Bruno Carbinatto
Atualizado em 27 abr 2023, 09h02 - Publicado em 27 abr 2023, 08h59
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

A inflação finalmente está cedendo. É o que mostra o IGP-M de abril, divulgado nesta manhã pelo IBGE. No mês passado, o índice teve uma deflação de 0,95% em relação a março, quando a inflação foi quase nula (0,05%). Ou seja, os preços caíram. Melhor: caíram mais do que o esperado (0,74%).

Agora, o índice conhecido como inflação do aluguel acumula uma deflação de 0,75% em 2023 e de 2,17% em 12 meses. Há um ano a situação era bem diferente: em abril de 2022, o índice havia subido 1,41% e acumulava alta de 14,66% em 12 meses. Sinal de que o juro de 13,75% está cumprindo o seu papel. 

Ontem, o IPCA-15, prévia do IPCA, também demonstrou a ação dos juros altos. Em abril, ele registrou alta de 0,57%, uma desaceleração em relação a março (0,69%) e menor que o previsto (0,61%). No ano, a prévia da inflação tem alta de 2,59% e, em 12 meses, 4,16%. Essa é a primeira vez que o IPCA-15 fica abaixo de 5% desde fevereiro de 2021. 

Além dos sinais da desaceleração nos preços, o governo segue traçando planos para aumentar a receita, o que pode reduzir o risco fiscal e abrir caminho para uma queda na Selic. Hoje, Roberto Campos Neto, Fernando Haddad e Simone Tebet terão um debate sobre tal queda de braço entre governo e BC no Senado.

A notícia boa do IBGE, porém, pode ser ofuscada pelo balanço pior do que o esperado da Vale no primeiro trimestre deste ano. 

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Já era esperado um recuo no lucro, mas ele veio maior. O US$ 1,8 bilhão ficou abaixo do que a média de US$ 2 bilhões prevista por JP Morgan, Itaú BBA, BofA e Genial, consultados pela Agência Estado. Em relação ao primeiro trimestre de 2022, a queda foi de 58,8%, por conta da redução do preço do minério neste ano, dada a desaceleração econômica e a expectativa de recessão nos EUA.

Por falar na maior economia do mundo, logo mais, às 9h30, teremos a primeira leitura do PIB americano no primeiro trimestre. Se espera um crescimento de 2% em relação ao trimestre anterior, quando a economia cresceu 2,6%. Este dado é especialmente importante porque deve registrar o impacto da crise bancária nos EUA.

Por enquanto, as expectativas são boas e os futuros americanos sobem de vento em popa, especialmente após resultados deslumbrantes da  Meta, que chegou a subir mais de 11% no after-market.

Bons negócios!

humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)
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Futuros S&P 500: 0,55%

Futuros Nasdaq: 0,94%

Futuros Dow: 0,41%

*às 8h50

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Tiro no pé da Netflix?

A Netflix perdeu 1 milhão de usuários no primeiro trimestre do ano só na Espanha, o triplo do número de saídas do trimestre anterior, de acordo com a consultoria Kantar. O motivo? Desde fevereiro, o streaming cobra uma taxa extra de quem compartilha a senha da sua conta com outras pessoas. A nova política coloca na mira quem usa o serviço sem pagar por ele, pegando emprestado de amigos. Por um lado, deu certo: desses um milhão que saíram, ⅔ usavam a senha de outras pessoas. A Netflix diz que a perda massiva é temporária, até que essas pessoas passem a pagar elas próprias. Mas nada garante que isso acontecerá, diga-se. Aliás, segundo a Kantar, um décimo dos assinantes que sobraram na Espanha já adiantaram que pretendem cancelar o serviço no segundo trimestre.

A perda massiva de usuários espanhóis acende põe em xeque a cobrança, que não pegou bem na visão de ninguém e deve gerar marketing negativo para a empresa. Após um período de testes em alguns países da América Latina, a Netflix já adota a taxa para o compartilhamento de contas no Canadá, em Portugal, na Nova Zelândia e na própria Espanha – e, se os planos não mudarem, pretende expandir para outros países ainda este ano, Brasil incluso.

BofA prevê retração no lucro das empresas do Ibovespa

Analistas do Bank of America (BofA) esperam que os balanços do 1T23 das empresas que compõem o Ibovespa tragam números no vermelho. As estimativas do banco mostram uma queda de 13% no Ebitda na comparação anual das companhias listadas, e um tombo de 31% no lucro por ação. Já a receita deve subir 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e JBS (JBSS3) são citadas como protagonistas da retração dos lucros. Excluindo as ações ligadas a commodities, o Ebitda do Ibov deve cair 10% na comparação anual, e o lucro por ação, 27%.

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Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

09h: crescimento do setor de serviços no Brasil em fevereiro

09h30: prévia do PIB dos EUA no primeiro trimestre

09h30: pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA

10h: Campos Neto, Haddad e Tebet discutem juros no Senado

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14h: Caged de março

Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,20%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,01%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,06%

Bolsa de Paris (CAC): 0,33%

*às 8h38

Fechamento na Ásia
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Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,74%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,15%

Hong Kong (Hang Seng): 0,42%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent: 0,36% a US$ 78,00 o barril

*às 8h55

Minério de ferro: -1,36% a US$ 103,75 na bolsa de Dalian (China)

Vale a pena ler:
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Disney vs DeSantis, mais um round

A Disney anunciou ontem que está processando o governador da Flórida, Ron DeSantis – mais um capítulo da longa novela entre esses dois personagens. A empresa alega ser vítima de “uma campanha direcionada de retaliação governamental por expressar uma opinião política” após os políticos republicanos do estado, liderados pelo governador, aprovarem uma série de medidas regulatórias contra a dona do Mickey, tirando inclusive seu poder de autogoverno das áreas dos parques. O motivo? A Disney se posicionou publicamente contra uma lei que proíbe discussões sobre orientação sexual em escolas da Flórida, aprovada na atual gestão. Desde então, DeSantis vem fechando o cerco na empresa. O New York Times explica a história em detalhes aqui, e, nesta nota da VOCÊ S/A, contamos como temas ligados ao ESG são o novo palco de polarização política em Washington. 

Temporada de balanços
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)


Brasil, após o fechamento:
Localiza, Hypera, Cielo, Multiplan e Suzano

EUA, após o fechamento: Amazon

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