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IPCA de julho traz a maior deflação da história do real

Redução no ICMS e na conta de luz faz preços caírem 0,68% na comparação mensal.

Por Júlia Moura, Alexandre Versignassi
Atualizado em 9 ago 2022, 09h14 - Publicado em 9 ago 2022, 08h33
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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A terça-feira começa com um alívio. O IPCA de julho apontou para uma deflação, ou seja, redução dos preços, pela primeira vez desde abril de 2020, quando a pandemia bagunçou a economia: -0,68%, versus, +0,67% em junho. 

A queda veio maior do que o esperado. Os economistas consultados pelo Boletim Focus, do BC, apontavam para uma queda de 0,64%. 

É a maior deflação mensal desde o plano Real. O recorde anterior foi de -0,52%, em agosto de 1998.  

Tamanha redução nos preços não é nada natural, claro. Ela é resultado do corte no ICMS promovido pelo Congresso sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. 

Além disso, a Petrobras reduziu o preço da gasolina no mês passado e a Aneel barateou a conta de luz com a bandeira verde.

Além disso, a baixa mostra que o ciclo de alta da Selic está fazendo efeito – e quando isso acontece a tendência é que os juros parem de subir. 

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A redução de 0,67% na inflação leva o IPCA acumulado em 12 meses de 11,89% para 10,07%. Neste ritmo, pode ser que a inflação anual venha abaixo de dois dígitos já em agosto.

Não pode dar a mão, que já querem o braço… 

Bons negócios!

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida
(Arte/VOCÊ S/A)
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Futuros S&P 500: -0,18%

Futuros Nasdaq: -0,52%

Futuros Dow: 0,01%

*às 7h50

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Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,72%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,01%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,86%

Bolsa de Paris (CAC): -0,34%

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*às 07h52

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,20%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,88%

Hong Kong (Hang Seng): -0,21%

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Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent: -0,60%, a US$ 96,07

Minério de ferro:  -1,48%,  a US$ 109,70 por tonelada em Cingapura

*às 7h05

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Petroleiras comemoram no 2º trimestre

No dia 28 de julho, os resultados da Petrobras fizeram a alegria dos acionistas: lucro de US$ 11 bilhões (salto de 35% em um ano). A estatal brasileira não está sozinha no clube de petroleiras com balanços estonteantes no trimestre. Um levantamento do Valor aponta que as principais companhias do setor na América do Norte, América Latina e Europa tiveram, juntas, receita de US$ 594,3 bilhões – alta de 77% na comparação anual. E o lucro combinado mais que triplicou, para US$ 98 bilhões. A dúvida, agora, é se as empresas vão conseguir se manter no mesmo patamar nos próximos balanços, já que, entre abril e junho, elas contaram com um empurrãozaço dos preços de petróleo e gás. 

Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

SoftBank pede desculpas

Masayoshi Son, fundador e CEO do SoftBank, é conhecido por sua estratégia de investimento agressiva e por não titubear frente ao risco. No entanto, na coletiva de imprensa após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, o empresário disse sentir vergonha por não ter sido mais seletivo. Os Vision Funds do SoftBank reportaram uma perda combinada de ¥ 2,3 trilhões no segundo trimestre, superando a perda de ¥ 2,2 trilhões no trimestre anterior. O Financial Times explica como a empresa chegou até aqui e o que está por vir para Masayoshi Son.

Mudança no teto de gastos

O Ministério da Economia está estudando redesenhar as regras do teto de gastos. Funcionaria assim: se o endividamento federal estivesse abaixo de determinado patamar, as despesas do governo poderiam crescer para além da inflação. Para os técnicos da Economia, a nova regra serviria de incentivo para manter o endividamento brasileiro sob controle – hoje, ele é de vertiginosos 78,2% do PIB (a média de outros países emergentes é de 60%). Aqui, a Folha detalha a nova proposta e explica a situação do nosso endividamento público. 

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

9h – IPCA de julho
17h30 – estoques de petróleo nos EUA na semana até 05/08 (API)
22h30 – inflação na China em julho (NBS)

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(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Antes da abertura de mercado: BTG. 

Depois da abertura: CVC, Copel, Méliuz e XP.

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