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Mercado engata a marcha ré para mais um dia de quedas

Futuros dos EUA apontam para baixo, após quedas nas bolsas asiáticas com PIB Chinês e nas da Europa com a resiliência da inflação.

Por Alexandre Versignassi
Atualizado em 17 jan 2024, 08h59 - Publicado em 17 jan 2024, 08h54
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

E a semana segue para mais um dia de “correção” nos mercados após o rali do final do ano passado (que tinha concedido ganhos de 24% para o S&P 500 e de 22% para o Ibovespa). 

Primeiro, as bolsas asiáticas fecharam em forte baixa (-2,18% em Xangai; -3,71% em Hong Kong), com o freio puxado pelos números da economia chinesa que saíram na noite de ontem. O PIB de 2023 fechou em 5,2%. Está dentro da meta do governo, que era de “em torno de 5%”, e basicamente em linha com o consenso apurado pela agência de notícias Caixin na semana passada, que apontava para 5,3%.  

Mas a falta de uma surpresa positiva também pesa. À excessão de 2020 e 2022, anos de pandemia e da restritiva política de zero Covid, foi o crescimento mais baixo desde 1990. Trata-se de um indício de que a China começa a passar por um processo de desaceleração consistente – como aconteceu nas últimas décadas com os países ocidentais e o Japão. Uma freada marcada por excesso de poupança (em detrimento do consumo) e o envelhecimento da população.

Os números do varejo chinês, que também saíram ontem, corroboram com a tese: alta de 7,4%; um número ok em si, mas abaixo do que o consenso previa (8,0%) e uma desaceleração razoável ante os 10,1% de novembro). 

A notícia positiva nos dados de ontem à noite veio da produção industrial: 6,8%, contra 6,6% das previsões e também 6,6% em novembro. 

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Inflação resiliente na Europa

No Reino Unido, a inflação anual acelerou em dezembro para fechar 2023 em 4% – contra 3,7% das expectativas e 3,9% em novembro.   

A zona do Euro já tinha divulgado inflação anual de 2,9% numa avaliação preliminar, e conformou hoje este número. Trata-se de uma alta em relação aos 2,4% de novembro. 

E as bolsas respondem à altura: quedas acima de 1% nos principais mercados do continente. 

Mercados cabisbaixos nos EUA

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Os futuros do S&P e da Nasdaq operam em baixa ao redor de 0,50% – pesadas para esse tipo de mercado, e que significam nuvens carregadas para a abertura das bolsas. 

Enquanto isso, o mercado espera por uma série de discursos de dirigentes do Fed (veja abaixo) e pelo Livro Bege, no qual os dirigentes do BC americano analisam o estado atual da economia, e que também serve de termômetro para a trajetória dos juros por lá. Por ora, as expectativas seguem em baixa. Agora, pela pesquisa diária do CME Group, 59,5% do mercado antevê o primeiro corte (ante aos atuais 5,5% a.a.) para março. Há uma semana, eram 64,7%. 

Terá o urso saído de sua hibernação?

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

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S&P 500: -0,55%

Nasdaq: -0,50%

Dow Jones: -0,66%

*às 8h29

Agenda

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10h30, EUA: Vendas no varejo em dezembro 

11h, EUA: Discursos de Michael Barr e Michelle Bowman, dirigentes do Fed

12h15, Europa: Christine Lagarde, presidente do BCE, fala em Davos   

16h, EUA: Livro Bege do Fed

17h, EUA: Discurso de John Williams, dirigente do Fed

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Europa

                                  • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -1,03%
                                  • Londres (FTSE 100): -1,67%
                                  • Frankfurt (Dax): -1,05%
                                  • Paris (CAC): -1,23%

                                  *às 8h40

                                  Fechamento na Ásia

                                      • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -2,18%
                                      • Hong Kong (Hang Seng):-3,71%
                                      • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,40%

                                      Commodities

                                                                                      • Brent*: -1,63%, a US$ 77,01
                                                                                      • Minério de ferro: -0,75%, a US$ 129,94 na bolsa de Dalian, na China

                                                                                      *às 8h46

                                                                                      Vale a pena ler:

                                                                                      Processo contra a OpenAI pode transformar o mercado de IA

                                                                                       O New York Times alega que o ChatGPT viola direitos autorais ao “copiar” seus textos. Com isso, é possível que empresas de inteligência artificial tenham de começar a pagar por licenciamento de conteúdo — conforme mostra este artigo da VCSA.

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