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Mercado mira quinta alta seguida nesta quarta-feira de PEC e de Copom

Otimismo no exterior e uma certa paz no cenário doméstico apontam para um dia no azul. Mas uma nuvem cinza vem do exterior.

Por Alexandre Versignassi, Guilherme Jacques
8 dez 2021, 08h54
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Os futuros do S&P 500 começaram a manhã numa alta forte, mas perderam o pique. Às 8h20, marcavam -0,02%. Sinal de que o mercado pode ter perdido um pouco do fôlego após o rally de ontem. O Nasdaq também deu uma bambeada – mas se mantém no azul, em 0,28%

Na Europa, os índices também vinham no positivo, Mas o sinal virou de forma mais aguda. O Stoxx 50, das 50 maiores empresas do continente, apontava para uma baixa de -0,73%, com a volta de lockdowns na Alemanha, na Ástria e na Holanda (por conta da Delta, não da Ômicron).

Por aqui, a aposta é para ver ser o Ibovespa engata uma quinta alta seguida. O cenário interno, pelo menos, ajuda, já que o Senado e a Câmara, anunciaram ontem à noite um acordo para promulgar de uma vez parte da PEC dos Precatórios.

Depois de aprovada na Câmara, a PEC foi ao Senado, passou por modificações e essa versão alterada recebeu o ok do plenário. O problema é que a versão 2 tinha de passar pela Câmara de novo. Nesse vai e vém, havia o risco de a PEC, que abre espaço no teto de gastos para o pagamento do auxílio Brasil, acabasse engavetada – como aconteceu com a Reforma Tributária. Como o recesso parlamentar está logo ali (começa dia 17/12), poderíamos virar o ano sem uma definição.

Mas deram uma acelerada. Arthur Lira, o presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco, do Senado, anunciaram lado a lado na noite de terça que os pontos essenciais da PEC, os que não foram alterados pelo Senado, serão promulgados nesta quarta. Ou seja: passam a valer e pronto.

De acordo com Pacheco, esse trâmite garante que “mais de R$ 60 bilhões” (dos R$ 106 bilhões que a PEC proporcionaria) ficam liberados desde já – os restante fica para uma votação marcada para a próxima terça (14).

Do que ficou de fora, o ponto mais relevante é a alteração do Senado que tornava o Auxílio Brasil de R$ 400 um programa permanente de renda mínima. O que temos para hoje é a continuidade do programa até dezembro do ano que vem.

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Também para esta quarta, espera-se que o Copom anuncie um aumento de 1,5 ponto percentual na Selic, de acordo com as expectativas. Os dados fracos do PIB não abrem espaço para uma alta ainda mais substancial. E a desaceleração do IGPM também ajuda, pois mostra que as altas nos juros até aqui já tiveram algum efeito.

Boa quarta.

humorômetro: o dia começou sem tendência definida

Futuros S&P 500: -0,02%

Futuros Nasdaq: 0,28%

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Futuros Dow: -0,21%

*às 8h20

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,73%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,02%

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Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,72%

Bolsa de Paris (CAC): -0,47%

*às 8h20

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,50%

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Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,42%

Hong Kong (Hang Seng): 0,06%

Commodities

Brent: -1,03%, a US$ 74,66*

Minério de ferro: 0,03%, a US$ 111,37, no porto de Qingdao na China

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*às 8h21

Agenda

Hoje – Na Alemanha, Olaf Scholz se tornará chanceler do país, em substituição a Angela Merkel.

9h O IBGE divulga os dados das vendas no varejo em outubro. A expectativa é de uma alta leve, de 0,6% 

Após o fechamento – O Comitê de Política Monetária anuncia decisão sobre a Selic. Espera-se um aumento de 1,5 ponto percentual, para 9,25% ao ano.

market facts

IPO do Nubank

Todos com suas apostas em mãos? A um dia de abrir seu capital na NYSE, a bolsa de Nova York, o Nubank saberá hoje, a partir da definição de valor das ações, se realmente vai ultrapassar o Itaú em valor de mercado. A avaliação para a fintech vai de US$ 36,8 bilhões a US$ 41,7 bi, o teto – enquanto o Itaú vale a US$ 37 bilhões. O preço sugerido para os papeis do banco roxo caiu nas últimas semanas: deve ficar entre US$ 8  e US$ 9. Dessa forma, o Nubank deve arrecadar US$ 2,8 bilhões no IPO, ante os US$ 4 bi da primeira expectativa. 

Dose de reforço de Pfizer pode ser eficaz contra a Ômicron 

Um estudo do Africa Health Research Institute, divulgado pela Bloomberg, concluiu que a eficácia das vacinas da Pfizer contra a Covid-19 diminui diante da Ômicron. A nova variante pode reduzir a proteção conferida pelas duas doses do imunizante em até 40 vezes – quando comparada à Delta. Os pesquisadores, porém, concluíram que a queda de proteção pode ser compensada com uma dose de reforço do imunizante. Boa notícia. 

Vale a pena ler:

Desafios para combater a inflação

Para o ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn, o trabalho para reaproximar a inflação brasileira da meta (3,5%) deverá durar, no mínimo, dois anos. E o desempenho do país nessa tarefa dependerá, claro, tanto de questões externas (inflação global e alta de juros nos EUA), quanto internas (eleições e implosão do teto de gastos). Leia a entrevista completa no Estadão.

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