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Mercados amanhecem em alta com expectativa por diálogo entre EUA e Rússia

Antony Blinken, Secretário de Estado americano, propõe um encontro com seu par russo por uma saída diplomática. Futuros sobem 0,5% nos EUA

Por Alexandre Versignassi, Guilherme Jacques
18 fev 2022, 08h39
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Putin cercou a Ucrânia com suas tropas para encorajar os movimentos separatistas de lá – o leste ucraniano abriga populações de origem russa que há anos tentam apartar-se de Kiev. Sabendo que Volodymyr Zelensky reprimiria qualquer ofensiva armada desse grupo, atacaria ao primeiro sinal de reação, alegando “genocídio” contra os separatistas.

Essa é a interpretação dos EUA sobre as intenções de Putin. O problema é que os conflitos armados entre o exército da Ucrânia e as milícias separatistas já começou. Entendo que, nesse cenário, a ação russa seria inevitável, Antony Binken, propôs um encontro com seu par russo na próxima semana. Binken é o Secretário de Estado dos EUA (equivalente a chefe da diplomacia, cargo muito mais relevante lá do que aqui), e o movimento é visto como uma chance real de acordo.

A combinar com os russos, fica o seguinte: os EUA aceitarem que nem a Ucrânia nem nenhum outro país que tenha feito parte da União Soviética na Guerra Fria jamais entre na Otan, a aliança militar criada em 1949 para fazer frente ao bloco soviético. Até 1991, havia uma contraparte à Otan chefiada pela Rússia: o pacto de Varsóvia, que juntava todo o leste europeu à URSS. Putin considera a dissolução do pacto a maior tragédia da história recente de seu país. É isso que o move contra a ideia de ver a Otan chegar ao quintal de Moscou. 

Em suma: o clima segue tão tenso quanto antes, mas ao menos há uma janela aberta para negociações, e o mercado, ao menos por enquanto, responde com otimismo. Alta de 0,46% nos futuros do S&P 500 e de 0,69% nos da Nasdaq. 

E o petróleo segue em queda. Não tanto por conta de expectativas de paz no front Ucraniano, mas porque um acordo internacional entre o Ocidente e o Irão para aliviar o embargo contra o óleo persa está em andamento. A ideia é que, em contrapartida, o governo iraniano interrompa seu programa nuclear. As negociações, lideradas pela França, estão progredindo. Caso o embargo atual caia, haverá uma injeção de 1,3 milhão de barris extras no mercado (equivalente a meia Petrobras). Com isso, o Brent amanheceu em queda de 2,51%, a US$ 90,64.

Boa sexta.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros S&P 500: 0,46%

Futuros Nasdaq: 0,69%

Futuros Dow: 0,32%

*às 8h14

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Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,02%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,12%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,20%

Bolsa de Paris (CAC): 0,24%

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*às 8h13

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,48%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,41%

Hong Kong (Hang Seng): -1,88%

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Commodities

Brent: -2,37%, a US$ 90,77*

*às 8h09

Agenda

11h30 – Diretora do FMI, Kristalina Georgieva, participa da Conferência de Segurança de Munique.

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12h15 – Presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, e o diretor do Fed Christopher Waller falam sobre economia e política monetária em evento da Universidade de Chicago.

13h – Presidente do Fed de Nova York, John Williams, fala sobre o mesmo tema na Universidade de Nova Jersey.

market facts

Lula “pragmático”

O Credit Suisse entende que, numa eventual vitória de Lula, o petista estabeleceria um terceiro mandato pragmático, com algum avanço no processo de consolidação fiscal e a aprovação de reformas. Ainda segundo a análise, o mercado deve esperar por uma tributação nos dividendos – que Paulo Guedes também queria, mas terminou empacada após o casamento de papel passado de Bolsonaro com o centrão.

Cerveja mais cara

Apesar de fechar 2021 com um lucro de 3,3 bilhões de euros, 43,4% a mais que o esperado pelo mercado, a Heineken anunciou que vai aumentar o preço de suas cervejas em todo o mundo. A segunda maior cervejaria do planeta, atrás apenas da AB InBev, se disse preocupada com a inflação global, sobretudo por como a alta do petróleo está pressionando a sua cadeia de suprimentos. De acordo com as projeções da companhia, o custo de produção a cada 100 litros do produto ainda deve crescer em 15%. E é este encarecimento que vai respingar no consumidor. No Brasil, segundo a Heineken, o cenário é um pouco pior, já que a desvalorização do real frente ao dólar nos últimos anos diminuiu a margem de lucro da cervejaria.

Vale a pena ler:

O parque de diversões dos fundos temáticos

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(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Após o fechamento do mercado, Cosan e Hypera divulgam seus balanços do quarto trimestre de 2021.

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