Minério e petróleo caem perto de 1%. Nos EUA, mercado não abre.
Hoje é Feriado de Ação de Graças na gringa, mas não vai ter peru para Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).
Bom dia!
Com o Thanksgiving nos EUA, as bolsas americanas não abrem, reduzindo o volume de negócios globo afora. E amanhã, na Black Friday, as bolsas dos EUA vão operar num horário reduzido, só até às 13h, honrando o fim de semana prolongado.
Mas nesta quinta pode rolar uma Black Friday adiantada de ações da Vale e suas pares. Pelo menos é o que diz a cotação do minério de ferro na China.
A commodity cai 0,86% na bolsa de Dalian, com a tonelada a US$ 137,71. Em Cingapura, os contratos futuros caem -1,08%.
Ontem, mesmo com o minério em alta de quase 2%, a Vale engatou uma realização de lucros e caiu 1%. Hoje, com a commodity em baixa, a tendência é mais algum ajuste. No mês, de qualquer forma, a alta ainda é de 11%.
Trata-se de uma alta até tímida ante as demais metálicas. As duas CSNs (CSNA3 e CMIN3) sobem 40% em novembro. Usiminas (USIM5), 19%. Gerdau (GGBR4) vem na rabeira, mas ainda assim com 9%.
As altas vêm na esteira do minério, claro. No mês, a alta (em Dalian) ainda soma 9,6%.
Petróleo
Maus agouros também para as petroleiras. O barril cai 1,06% nesta manhã, estendendo a baixa de ontem (-0,6%). O movimento também é um ajuste natural. Na última quinta (16), o Brent tinha caído a R$ 77,42 – menor nível desde junho.
Dali até terça (21) foi a US$ 82,45 – uma alta de 6,5%. E agora, com as últimas quedas, opera em US$ 81,09.
Europa
Quem não tem cão caça com gato. E quem não tem EUA caça com Europa. Os olhos do mercado se voltam nesta manhã para o continente.
Às 9h30 o BCE divulga a ata da última reunião de seu comitê de política monetária, que manteve os juros em 4%. Nesse meio tempo, digere-se o PMI da zona do euro – com as bolsas operando perto do zero a zero.
O PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) mede o humor da indústria e do comércio. Uma pontuação acima de 50 significa expansão sobre o mês anterior. E está menos pior por lá: 47,1 agora em novembro, vindo de 46,5 em outubro.
Na “zona da libra”, ou seja, o Reino Unido, expansão: 50,1 (ante 48,7% no mês anterior) – maior índice em quatro meses.
Bons negócios.
Mercados fechados nos EUA. Bolsas asiáticas fecharam em alta e as da Europa operam mistas (veja abaixo).
O bom filho à OpenAI torna
Nem uma semana após sua demissão, Sam Altman, criador do ChatGPT, retornou à OpenAI nesta quarta-feira (22).
Na última sexta, o conselho da companhia havia mandando o CEO embora, alegando “falta de confiança”. Instaurou-se o caos: em menos de 3 dias, Altman foi contratado pela Microsoft, e a OpenAI passou por 3 presidentes-interinos na busca por um substituto à altura. Nesse meio tempo, 95% dos funcionários da empresa assinaram uma carta ameaçando uma demissão coletiva caso o conselho não readmitisse Altman no cargo.
A própria Microsoft, grande investidora da OpenAI, entrou na briga pelo retorno de Altman. E venceu. Ele retorna com uma nova configuração de conselho, a ser definida nos próximos dias. Serão seis novos membros, e a maior parte daqueles que se opunham ao CEO foram desligados.
Apesar do equilíbrio restaurado, ainda não está claro quais cicatrizes essa movimentação deixou na estrutura da empresa, nos investidores e, claro, na opinião pública. Quem diria que, em uma companhia que se dedica a trazer a inteligência artificial ao cotidiano sem desastres, os humanos seriam o problema?
9h30 Banco Central Europeu divulga a ata da última decisão sobre os juros.
18h00 Campos Neto faz palestra em São Paulo.
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,06%
- Londres (FTSE 100): -0,12%
- Frankfurt (Dax): 0,10%
- Paris (CAC): 0,20%
*às 8h16
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,48%
- Hong Kong (Hang Seng): 0,29%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,99%
- Brent*: -1,06%, a US$ 81,09
- Minério de ferro: -0,86%, cotado a US$ 137,71 por tonelada na bolsa de Dalian (China)
*às 8h12
Nas metrópoles americanas, táxis-robô se tornam pragas
Segundo a Agência Municipal de São Francisco, mais de 600 incidentes com veículos autônomos foram registrados na cidade californiana de junho de 2022 a junho de 2023. Entre julho e outubro deste ano, 52 incidentes do mesmo tipo foram registrados em Austin, no Texas — incluindo um acidente inédito causado por um protótipo de táxi-robô que sequer tinha volante.
Com o crescimento dos serviços com veículos autônomos, esses lugares oferecem uma previsão do que vem por aí. Esta reportagem do New York Times mostra como os robô-táxis aumentaram o tempo de resposta a emergências e a carga de trabalho de autoridades locais, causaram acidentes e elevaram o congestionamento em grandes cidades nos EUA.