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Num dia a gasolina, no outro a conta de luz

Alta de preços deixa a economia e a bolsa vulneráveis a intervenções do governo. E dia promete caos: petróleo -4%, minério -6%.

Por Tássia Kastner, Camila Barros
22 jun 2022, 08h32
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

A bagunça causada pelo inconformismo do governo Jair Bolsonaro com a política de preços na Petrobras ainda nem se resolveu, e já tem mais um problema esperando na fila. Ontem, a Aneel (a agência reguladora do setor de energia) autorizou o reajuste das bandeiras tarifárias da conta de luz, o instrumento usado para ajudar a pagar fontes alternativas quando as hidrelétricas não têm água o bastante.

A alta autorizada foi de até 63,7%, caso seja preciso acionar a bandeira vermelha 1. A alta na bandeira amarela foi de 59,5%.

Depois do período mais crítico da crise hídrica de 2021, as contas de luz estão sob a bandeira verde. O risco de uso das bandeiras é maior no segundo semestre, após a estação seca no sudeste.

Brasília já vem manobrando para segurar os reajustes regulares nas contas de luz para tentar minimizar o estrago da alta da inflação na campanha de Bolsonaro à reeleição. 

As manobras do governo para conter a inflação de maneira artificial foram consideradas pelo Banco Central um risco para controlar a disparada de preços no longo prazo.

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Enquanto isso, as bolsas lá fora voltaram ao sinal negativo, com investidores mais uma vez preocupados com o risco de recessão global. Os futuros americanos caem cerca de 1,5%, enquanto o petróleo tomba 4%.

Aí fica difícil ver alguma mola capaz de tirar o Ibovespa do buraco dos 99 mil pontos. Bons negócios.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros S&P 500: -1,26%

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Futuros Nasdaq: -1,42%

Futuros Dow: -1,06%

*8h27

Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -1,72%

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Bolsa de Londres (FTSE 100): -1,30%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -1,91%

Bolsa de Paris (CAC): -1,62%

*às 8h26

Fechamento na Ásia

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Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,27%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,37%

Hong Kong (Hang Seng): -2,56%

Commodities

Brent*: -3,99%, a US$ 110,07

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Minério de ferro: -6,01%, a US$ 108 por tonelada em Singapura

*às 8h25

Agenda

10h30 Presidente do Fed, Jerome Powell, fala ao Comitê Bancário do Senado dos EUA

market facts

Potencial

As ações da WEG (WEGE3) subiram 4,98% no pregão de ontem, a R$ 25,30. Na segunda, a alta havia sido ainda maior: 5,56%. Uma cortesia do BTG Pactual. Na segunda, o banco revisou suas projeções para a empresa e decidiu recomendar a compra dos papéis da companhia. Os investidores gostaram da ideia. O relatório definiu o preço-alvo de R$ 40 por ação, uma valorização de 58% tendo como base a cotação do último fechamento. 

Aquisições

O Nubank está de olho em oportunidades de aquisição no populoso mercado de fintechs latinoamericano. Apesar de ter perdido boa parte de seu valor de mercado nos últimos meses, o banco digital acredita que pode encontrar bons negócios à venda. É que o aumento das taxas de juros (e consequentemente o encarecimento de crédito) ao redor do mundo vem tornando o investimento em fintechs menos atrativo, e as startups já começam a passar por dificuldades. Para essa reportagem do Financial Times, David Vélez, um dos fundadores do roxinho, diz que o Nubank pretende se beneficiar desse momento.

 

Vale a pena ler:

Demissões em massa

Falando em startups em crise… Pelo menos 13 empresas novatas – entre elas QuintoAndar, Loft e Mercado Bitcoin – realizaram demissões em massa no primeiro semestre de 2022. A BBC Brasil conversou com alguns ex-funcionários que passaram pela experiência desagradável (pra dizer o mínimo) de serem desligados da empresa em chamadas de vídeo com outras dezenas de colegas de trabalho. Leia a reportagem aqui.

Viciados em cripto

O vício em operar criptoativos não é nenhum transtorno reconhecido pela comunidade psiquiátrica. Porém, especialistas consultados pela Bloomberg afirmam que o fenômeno é muito semelhante ao tradicional vício em apostas. Essa reportagem visitou uma clínica de reabilitação na Suíça que oferece tratamento para “traders compulsivos”. Nesse podcast os repórteres contam um pouco mais sobre a experiência. Sempre vale lembrar a nossa reportagem sobre day trade

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