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Petróleo desaba 4% e Ibovespa vai junto: -1,24%

Commodity enfrenta pressões tanto do lado da oferta como da demanda. Bolsas fecham sem força, mesmo com acordo para a dívida americana.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 30 Maio 2023, 18h13 - Publicado em 30 Maio 2023, 17h56
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 (Juliana Briani/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
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O dia começou com os preços em queda: o IGP-M (a “inflação do aluguel”) mostrou uma deflação de 1,84% em maio em relação ao mês anterior, acima do esperado. Mas o mercado não teve tempo para comemorar nesta terça-feira, porque a atenção estava em outra queda: a do petróleo.

O Brent fechou o dia com forte tombo de 4%. O preço da commodity vem em trajetória de queda neste ano como resultado do aperto monetário nos EUA, que leva a uma menor demanda. E não há sinal de melhora. Se antes a maioria dos investidores esperava que as altas nos juros iriam ter uma pausa, agora as apostas de que o Fed vai subir novamente a taxa em 0,25 ponto percentual voltam a ser majoritárias, segundo o CME Group.

Há também um fator do lado da oferta. A Opep+, cartel formado por 23 grandes produtores de petróleo, está enfrentando uma espécie de briga interna. A Arábia Saudita, líder não oficial do grupo e segunda maior produtora de petróleo do mundo, quer que o bloco feche a torneira do líquido viscoso e, assim, aumente seu preço. 

Os outros países da Opep+ concordaram – mas a Rússia, em busca de turbinar sua economia fragilizada, não está cumprindo com o combinado e segue despejando petróleo a preços baixos no mercado, o que vem irritando Riade. O país de Putin é o terceiro maior produtor do mundo. 

O clímax dessa novela deve vir no dia 4 de junho, quando a Opep+ se reúne em Viena para traçar um plano que guiará a produção do bloco na segunda metade do ano. Enquanto isso, o preço do petróleo segue em queda – o Brent já desabou 14% no ano. 

Diante o cenário, as ações da Petrobras (PETR4) caíram por volta de 1% nesta terça-feira; Petrorio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) sofreram mais, com queda de 2,8% e 2,4% respectivamente. 

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E o Ibovespa, num dia xoxo, fechou em queda de 1,24%. Além das petroleiras, mineradoras e siderúrgicas também pesaram no índice – a Vale (VALE3), por exemplo, caiu 2,35%.

EUA

O preço do petróleo não foi a única fonte de pessimismo hoje. As bolsas americanas também tiveram um dia sem gás na volta do feriado de Memorial Day.

Por lá, investidores estavam de bom humor com a notícia de que Biden e McCarthy, presidente republicano da Câmara, chegaram a um acordo para aumentar o teto da dívida dos EUA, evitando um calote. 

A votação, porém, deve acontecer só amanhã, e alguns deputados da ala mais conservadora da oposição sinalizaram que vão votar contra a medida. A que tudo indica, são uma minoria, e a lei deve passar – mas, mesmo assim, Wall Street decidiu não comemorar antes da hora e a notícia passou batido.

No fim, o saldo foi neutro. O S&P 500 fechou estável, o Dow Jones teve leve queda de 0,15% e o Nasdaq, leve alta de 0,3%.

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Maiores altas

IRB Brasil (IRBR3): 4,31%

Hapvida (HAPV3): 4,10%

Raízen (RAIZ4): 1,98%

Dexco (DXCO3): 1,41%

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CCR (CCRO3): 1,40%

Maiores baixas

CVC Brasil (CVCB3): -3,87%

CSN (CSNA3): -3,77%

Petz (PETZ3): -3,72%

Usiminas (USIM5): -2,88%

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CSN Mineração (CMIN3): -2,84%

Ibovespa: -1,24%, aos 108.967 pontos

Em Nova York

S&P 500: estável, aos 4.205 pontos

Nasdaq: 0,32%, aos 13.017 pontos

Dow Jones: -0,15%, aos 33.042

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Dólar: 0,60%, a R$ 5,0423

Petróleo

Brent: -4,40%, a US$ 73,71 

WTI: -4,42%, a US$ 69,46

Minério de ferro: -0,28% a US$ 99,89 por tonelada na bolsa de Dalian (China)

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