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Próximos passos da guerra Lula x Campos Neto dividem atenção com Fed

Seis dirigentes do BC americano se pronunciam ao longo desta quarta.

Por Júlia Moura, Camila Barros
Atualizado em 8 fev 2023, 08h53 - Publicado em 8 fev 2023, 08h50
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Dobrar a aposta ou recuar? Apesar dos clamores do próprio governo de amenizar o conflito, é difícil saber qual caminho Lula deve seguir na sua cruzada contra o Banco Central. Ontem, o presidente escalou a guerra contra Roberto Campos Neto e os juros altos ao dizer que “agora é o Senado que pode trocar o presidente do BC”.

Trocar o presidente do BC, porém, não é tarefa fácil. Requer muita força política e econômica, pois gera um enorme desgaste na imagem do país aos investidores. Mas, se Lula sentir que Campos Neto não está disposto a “colaborar” com seu governo, essa pode ser a alternativa escolhida.

O chefe do executivo vê a Selic em 13,75% ao ano como um grande entrave à recuperação econômica brasileira e não quer ser tido como o responsável por uma economia fraca.

Depois de um comunicado pós-Copom mais duro, a ata divulgada ontem veio mais amena, com explicações mais extensas acerca do valor da taxa básica de juros e com acenos ao novo governo.

No documento, o BC disse que o pacote do governo que promete uma melhora fiscal de R$ 242,7 bilhões pode reduzir a pressão sobre a inflação, em um sinal de paz e boa vontade. Resta saber se foi o suficiente para colocar panos quentes na situação.

Fed boys 

Enquanto isso, nos EUA, Biden e membros do Fed falam sem se estranhar. Ontem, o presidente dos EUA e o presidente do BC americano deram uma certa injeção de otimismo nos mercados. Enquanto Jerome Powell voltou a citar o início da desinflação, Joe Biden se comprometeu a fazer mais para baixar os preços.

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O medo de investidores era que o forte mercado de trabalho americano fizesse com que Powell adotasse um tom mais cauteloso sobre a política monetária. Não foi o caso.

Agora, resta acompanhar outros seis diretores do Fed que irão se pronunciar ao longo desta quarta. Ao comentar a força das contratações em janeiro, eles podem dar pistas do que pode acontecer com os juros americanos nos próximos meses. 

Na semana passada, o Fed subiu a taxa em um ritmo menor, 0,25 ponto percentual, para 4,75% ao ano. É esperado que os juros cheguem a 5% ainda este ano, mas se superariam este patamar, e por quanto tempo, ainda é tema de debate.

Bons negócios! 

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Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,34%

Futuros Nasdaq: -0,24%

Futuros Dow: -0,25%

*às 8h43

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Big techs correm para criar versão própria do ChatGPT

A Baidu, empresa chinesa de tecnologia, anunciou na terça-feira que vai lançar seu próprio chatbot no estilo ChatGPT. O app vai se chamar Ernie Bot e deve ir ao ar em março. Depois do anúncio, as ações da companhia, que são listadas na Nasdaq, dispararam 12,18%, a US$ 160,22.

Na segunda, o Google também anunciou sua própria versão de inteligência-artificial-escritora. Essa vai se chamar Bard e estará disponível para teste nas próximas semanas. 

Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brasil: Lula recebe líderes de partidos governistas em café da manhã para tratar da reforma tributária e da MP do Carf, com a presença do ministro Fernando Haddad (Fazenda)

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EUA, 10h30: diretora do Fed, Lisa Cook, participa de evento no Centro Conjunto de Estudos Políticos e Econômicos, em Washington;

EUA, 11h20: presidente do Fed de NY, John Williams, participa de evento organizado pelo Wall Street Journal;

Brasil, 12h: secretário extraordinário para a Reforma Tributária, Bernard Appy, participa de debate sobre o tema promovido pelo RenovaBR (12h)

EUA,12h: vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr, e presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, participam de conversa com estudantes no Fórum de Mobilidade Econômica HOPE;

EUA, 14h30: presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, responde perguntas no Clube Econômico de Boston;

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EUA, 15h45: diretor do Fed Christopher Waller fala sobre cenário econômico na Universidade Estadual do Arkansas;

Brasil, 16h: diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra Fernandes, apresenta cenário macroeconômico em palestra em evento em Macaé (RJ).

Europa
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Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,52%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,73%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,78%

Bolsa de Paris (CAC): 0,55%

*às 8h26

Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,44%

Hong Kong (Hang Seng): -0,07%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,29%

Commodities
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Brent: 0,56%, a US$ 84,16 o barril

Minério de ferro: 0,71%, a US$ 125,00 por tonelada, na bolsa de Dalian

*às 8h43

Vale a pena ler:

O fim da era de meme stocks

Em época de juros baixos, o céu é o limite para o humor peculiar de investidores amadores do Reddit. Durante os últimos anos, eles conseguiram manter de pé negócios de empresas à beira da falência, como a varejista de jogos de videogame GameStop, a franquia de cinemas AMC e a loja de produtos domésticos Bed, Bath & Beyond. E por que? Só pela piada, mesmo. Por meio de fóruns online, eles se uniam para comprar meme stocks em massa para elevar seu valor – e, no caminho, fazer investidores profissionais que estavam operando vendido nessas companhias perderem dinheiro. Esta coluna da The Economist explica porquê, em época de alta de juros, nem a força da união dos internautas engraçadinhos consegue salvar as empresas donas de meme stocks

Apple segue sem demissões 

No comecinho de janeiro, a Amazon anunciou que demitiria 18 mil funcionários. Poucas semanas depois, Microsoft e Alphabet (mãe do Google) também comunicaram cortes – de 10 mil e 12 mil vagas, respectivamente. Bem antes disso, em junho de 2021, Musk anunciou que a Tesla cortaria 10% do seu quadro de funcionários ao longo do ano. Quem ficou faltando nessa lista? A cria de Steve Jobs. Entre as cinco maiores big techs do S&P 500, só a Apple ainda não fez demissões em massa para conter gastos frente a uma desaceleração na economia. Esta reportagem da BBC explica o porquê. 

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(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brasil, antes da abertura do mercado: Klabin

EUA, após o fechamento do mercado: Walt Disney

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