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Resultados de bancos abrem temporada de balanços em Wall Street

Semana também vem recheada de dados macro, com inflação no Brasil, EUA e China. Hoje, minério cede 1,1% depois de instituição financeira chinesa declarar falência. Petróleo cai 2,7% com decisão saudita.

Por Camila Barros
8 jan 2024, 08h35
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

A temporada de resultados corporativos começa esta semana em Wall Street. A inauguração fica por conta dos bancões: na sexta-feira, Wells Fargo, Bank of America (BofA), Citi e JPMorgan divulgam seus balanços para o quarto trimestre. Na semana seguinte, é a vez de Goldman Sachs e Morgan Stanley.  

Nos últimos meses, analistas de NY reduziram suas estimativas para os lucros da maior parte das instituições. Dos seis grandes bancos, só JPMorgan tem contado com um pouco mais de otimismo do público: a estimativa de lucro agora é de US$ 3,45 por ação, contra US$ 3,42 há três meses, segundo o Factset Consensus. 

O ceticismo é fruto de um cenário de crédito ainda complicado, com as taxas de juros americanas (5,5%) na maior alta em 22 anos. Isso empaca negócios importantes para as receitas dos bancos, tipo empréstimos e operações de fusão e aquisição. 

Desde novembro, porém, as ações dessas instituições têm refletido um sentimento de otimismo para o cenário futuro. Consequência, claro, da aposta de que o Fed começará seu processo de afrouxamento monetário em breve. De lá para cá, as ações do BofA subiram 30%; as do JPMorgan, 23%; os papéis do Goldman, 27%. 

Dados de inflação everywhere all at once

Fora da agenda corporativa, a semana é abastecida também de dados econômicos. Os mais importantes estão concentrados na quinta-feira: IPCA no Brasil e CPI (Consumer Price Index) nos EUA e na China. 

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Os números ajudarão a renovar as apostas dos investidores sobre o futuro dos juros aqui e lá fora. No Brasil, o mercado espera que a Selic intensifique sua trajetória de queda, para cortes de 0,75pp em futuras reuniões do Copom. 

Nos EUA, o anseio é de que o Fed comece a baixar os juros ainda neste trimestre – segundo dados do CME, 64% dos agentes de mercado apostam na queda de 0,25pp para março. 

Na China, o problema tem sido outro: um cenário de desinflação, que indica queda no consumo e desaceleração da economia. 

O minério de ferro

Falando em China… mais um desmoronamento no castelo de cartas do mercado imobiliário chinês. Na última sexta-feira, o conglomerado financeiro Zhongzhi Entreprise entrou com pedido de falência. A companhia fornecia empréstimos ao setor imobiliário, e pertencia ao enorme ramo de “shadow banking” do país – instituições de fora do setor bancário que oferecem serviços financeiros, via de regra sujeitas a menos regulação. 

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A Zhongrong International Trust, subsidiária da empresa, possuía algo em torno de US$ 108 bilhões em ativos sob sua gestão até o fim de 2022.

Em 2023, quando começou a dar os primeiros sinais de ruptura, a instituição alimentou o receio de que a crise de crédito do mercado imobiliário se espalhasse por toda a economia. 

Depois de um hiato, o medo renasceu. Aí os principais índices de ações do país derraparam (veja abaixo). E o minério de ferro foi junto, em queda de 1,10% na bolsa de Dalian. 

O petróleo

O petróleo também não vive o melhor de seus dias, em queda de 2,32% pela manhã.  Consequência de uma decisão da Arábia Saudita, divulgada no domingo: corte nos preços do óleo cru árabe leve, seu principal produto. Na Ásia, mercado mais importante do país, o valor caiu para o menor patamar em 27 meses.

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O corte ajuda a aumentar a percepção de que a demanda global pela commodity tem caído – movimento que reflete um crescimento global fraco, causado pela alta nas taxas de juros. 

Boa semana!

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros S&P 500: -0,13%

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Futuros Nasdaq: -0,11%

Futuros Dow Jones: -0,44%

*às 8h20

Agenda

09h: Campos Neto participa da reunião bimestral de presidentes do BC

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14h30, EUA: discurso de Raphael Bostic, do Fed 

15h: Congresso realiza cerimônia de memória de um ano dos ataques de 8/1

Europa

                            • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,22%
                            • Londres (FTSE 100): -0,43%
                            • Frankfurt (Dax): -0,03%
                            • Paris (CAC): -0,22%

                            *às 8h25

                            Fechamento na Ásia

                                • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,29%
                                • Hong Kong (Hang Seng): -1,88%
                                • Bolsa de Tóquio (Nikkei): feriado

                                Commodities

                                                                          • Brent*: -2,76%, a US$ 76,59
                                                                          • Minério de ferro: -1,10%, a US$ 139,61 na bolsa de Dalian (China)

                                                                          *às 8h27

                                                                          Vale a pena ler:

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