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Super Quarta antecipa última semana de 2023 no mercado financeiro

Fed deve indicar se investidores acertaram ao apostar em cortes de juros no começo de 2024. Já o BC sinaliza se a Selic continuará a cair 0,50 p.p. por vez.

Por Tássia Kastner e Sofia Kercher
Atualizado em 11 dez 2023, 07h40 - Publicado em 11 dez 2023, 07h32
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 (Tiago Araújo/Você S/A)
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Bom dia!

Essa deve ser a última semana do ano, ao menos no que diz respeito a notícias que são realmente capazes de mobilizar os ânimos dos investidores. 

O ponto alto, sem dúvida, será a Super Quarta, quando as reuniões de decisão de taxas de juros do Fed e do Banco Central Brasileiro se alinham. Do BC brasileiro, você sabe, não se espera muita emoção.

Os últimos pronunciamentos de Roberto Campos Neto foram para afirmar que o ritmo de cortes na Selic, a uma taxa de -0,50 p.p. desde agosto, é o apropriado. Significa, portanto, que, salvo uma hecatombe, terminaremos o ano com uma Selic de 11,75%, 2 p.p. abaixo do começo de 2023.

O que virá em 2024 dependerá das perspectivas para a inflação, que seguem comportadas. Novidades nesse tópico virão na manhã de terça, quando o IBGE divulgará o IPCA de novembro. 

Trata-se de um espelho do que ocorrerá nos EUA: reunião do Fed na quarta, divulgação do CPI na terça.

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A diferença é que, nos EUA, a turma de Jerome Powell continua muito mais cautelosa do que os investidores. Para recordar, o Fed ainda tem na mesa mais um aumento da taxa de juros antes do começo dos cortes.

Entre a reunião mais recente, de 1º de novembro, e essa semana, um pacote de dados sobre a economia americana fez com que Wall Street descartasse uma alta nos juros por lá. Não só isso: eles começaram a prever cortes a partir de março – mais tardar, maio.

Isso significa que a reunião do Fed deve agitar os ânimos dos investidores, seja com a confirmação do que investidores esperam – no melhor “eu já sabia” – ou com um recálculo de rota caso o otimismo não toque o coração dos Fed boys. 

Para completar a semana intensa, na quinta há ainda uma série de reuniões de bancos centrais na Europa, entre eles o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra. 

Isso enquanto a China continua a enfrentar dificuldades de estabilizar sua economia em meio à crise imobiliária que afeta a demanda do país. No final de semana o país asiático anunciou a maior deflação do país em três anos. A queda foi de 0,5% tanto na comparação com outubro quanto em relação ao ano passado.

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Natural, então, que as commodities recuem, já que a China é a maior consumidora de tudo que se extrai do globo. O minério de ferro cede 0,37% nesta manhã, enquanto o petróleo recua para a faixa de US$ 75 o barril.

Daí dá para entender por que a semana começa em ritmo mais lento nas bolsas. Em Nova York, os futuros do S&P 500 e do Dow Jones recuam de forma sutil. Para o Ibovespa, o risco sempre é maior, dada a nossa alta dependência de petróleo e minério.

A notícia que pode trazer algum equilíbrio para essa balança – para além das expectativas pela quarta – são as movimentações do ministro Fernando Haddad com o Congresso para fazer deslanchar a pauta econômica antes que os parlamentares comecem o movimento migratório a seus estados de origem, para o recesso que se inicia no Natal e prossegue janeiro adentro.

É hora do último gás antes das férias. Bons negócios.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros S&P 500: -0,06%

Futuros Nasdaq: -0,16%

Futuros Dow Jones: -0,03%

*às 7h20

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Agenda

08h25: Boletim Focus do BC

09h: Haddad participa de conferência da XP, em SP

Lula se reúne com Haddad, Rui Costa, Padilha e os líderes do governo para planejar votação da pauta econômica

Europa

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                • Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,04%
                • Londres (FTSE 100): -0,37%
                • Frankfurt (Dax): -0,02%
                • Paris (CAC): 0,08%

                *às 7h17

                Fechamento na Ásia

                  • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,59%
                  • Hong Kong (Hang Seng):  -0,81%
                  • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,50%

                  Commodities

                                              • Brent*: 0,47%, a US$ 75,48
                                              • Minério de ferro: -0,37%, a US$ 134,90 na bolsa de Dalian, na China

                                              *às 7h15

                                              Vale a pena ler:

                                              O mercado da magreza

                                              O Ozempic e seus similares prometem uma revolução não apenas na saúde, mas também na economia. E o mercado financeiro já escolhe as empresas que têm a ganhar e as que têm a perder num mundo com pessoas mais magras. Entenda o que é fato nessas previsões na reportagem de capa da VCSA – e por que profetizar o fim do sobrepeso pode ser um exagero.

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