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Vacina impulsiona o Ibovespa a um patamar pré-circuit breaker: 106k

Os 94% de eficácia do imunizante da Moderna animam o mercado, e providenciam um dia com céu de brigadeiro para as aéreas.

Por Juliana Américo, Alexandre Versignassi
Atualizado em 6 jul 2021, 09h57 - Publicado em 16 nov 2020, 19h22
Retouching the shot of the syringe is like a quick launch of a rocket. To convey the urgent need for vaccines (joey333/Getty Images)
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Com a alta de 1,63% hoje, o Ibovespa chegou aos 106.429 pontos. A bolsa não via uma pontuação assim desde o dia 4 de março – imediatamente antes de começar a sequência de seis circuit breakers que levou o Ibov à mínima do ano, de 63.570 pontos, em 23 de março. 

O motivo você sabe: mais uma farmacêutica anunciou estar perto de uma vacina. Desta vez, foi a Moderna, dos EUA. Ela anunciou que seu imunizante possui eficácia de 94%. Trata-se da segunda a mostrar seu resultado da chamada “Fase 3” de testes, que envolve milhares de voluntários e mostra o potencial da vacina com todo o rigor científico. A Pfizer/BioNtech, já tinha apresentado os resultados da sua na segunda-feira passada: 90% de eficácia.

A Moderna diz que sua vacina ainda vai levar uns bons meses para chegar ao mercado. Mesmo assim, a notícia é obviamente positiva, principalmente para as aéreas. E o pessoal aproveitou o céu de brigadeiro para comprar papéis do setor. A Azul liderou as altas no Ibovespa com forte valorização de 10,86%, seguida de perto pela Gol (8,49%). A Embraer, que fica feliz quando as aéreas estão contentes, também ampliou os ganhos em 8,05%, enquanto a Smiles subiu 4,12% (nota: ela não faz parte das 77 empresas do Ibovespa).

O setor bancário também sentiu o efeito da vacina e subiu em bloco. Por mais que o segmento não tenha sido diretamente afetado pela pandemia, as instituições financeiras sofrem com o impacto na redução da atividade econômica como um todo. Com isso, o Santander se destacou com alta de 7,25%, seguido por Bradesco (4,38%), Itaú (3,51%) e Banco do Brasil (2,57%). 

Lá fora, o petróleo disparou. Sim, a vacina foi um dos motivos. Mas hoje também teve reunião da OPEP. Os países membros planejam reduzir a produção de petróleo por três meses para acompanhar a baixa demanda por combustíveis. Com isso, o preço do petróleo tipo Brent subiu 2,43% (a US$ 43,82), enquanto o WTI fechou em alta de 3,01% (US$ 41,34). A Petrobras acompanhou o movimento internacional, e seus papéis subiram 2,92%. 

Nos EUA, o anúncio da Moderna também impulsionou as aéreas, claro: Boeing (7,78%), United Airlines (5,01%), American Airlines (4,49%) e Delta (4%) fizeram a festa. E a Moderna também: as ações da própria empresa subiram 9,78%.

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O que temos agora é um movimento claro: as ações das big techs, que subiram loucamente na pandemia, perdem força. Boa parte do mercado está trocando ações de Apple, Amazon e cia por companhias de setores que podem retomar o terreno perdido caso a economia volte aos eixos. É o caso das aéreas. E das petroleiras também – a Exxon subiu 5,76%, por exemplo. 

Enquanto isso, Google (0,04%) e Amazon (0,01%) se mantiveram estáveis. E Microsoft, Facebook e Apple subiram pouco: 0,16%, 0,45% e 0,50%, respectivamente. 

O índice Dow Jones teve o melhor desempenho no dia (1,60% e 29.952 pontos), seguido pelo S&P 500 teve alta de 1,21% (3.628 pontos) – ambos bateram recorde de fechamento. Já o Nasdaq subiu 0,80% (11.924 pontos).

O prejuízo mesmo ficou com a mais pandêmica de todas as empresas: a Zoom. A companhia que garantiu a vida social e profissional de boa parte do planeta tombou 6% com a vacina da Moderna. Mas não fica triste, Zoom. Vamos tentar agitar um Nobel para você quando tudo isso passar. 

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Maiores altas

Azul: 10,86%

Gol: 8,49%

Embraer: 8,05%

Santander: 7,25%

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MRV Engenharia: 4,87%

Maiores baixas

Braskem: -3,12%

TOTVS: -2,45%

Lojas Americanas: -1,95%

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Rumo: -1,92%

Marfrig: -1,74%

Dólar: -0,70%, cotado a R$ 5,43

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