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Como organizar um pet day

As empresas estão abrindo as portas para os animais de estimação dos funcionários, mas é preciso tomar alguns cuidados para que ações desse tipo deem certo

Por Tamires Vitorio
Atualizado em 2 jan 2020, 14h54 - Publicado em 11 dez 2017, 04h00
Funcionária da Bayer durante o pet day no escritório de São Paulo: cuidado com o bem-estar dos funcionários e dos animais (Divulgação/Divulgação)
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Em uma sala de treinamento, uma palestra do adestrador Daniel Sawagucchi é acompanhada por doze participantes de quatro patas no primeiro pet day da Elo 7, plataforma de comércio eletrônico com sede em São Paulo.

A companhia criou o evento a pedido dos funcionários, que puderam levar seus cães até a sede da empresa. “No primeiro momento, queríamos que qualquer animal pudesse vir, mas ficamos preocupados com possíveis brigas e restringimos a apenas cachorros”, diz Aline Garcia, responsável pelo RH na Elo 7.

Assim como a companhia de tecnologia, muitas empresas estão abrindo a porta para os pets. As razões vão desde a vontade de aumentar o engajamento do time até a diminuição do estresse dos funcionários – uma pesquisa da Universidade da Virgínia, feita em 2016 com 550 empregados de uma firma americana, descobriu que as pessoas que levavam seus bichinhos ao trabalho eram mais satisfeitas, comprometidas e calmas do que as que não faziam isso.

Mas, para que o pet day realmente funcione, é preciso estabelecer algumas regras. Caso contrário, os benefícios podem ir por água abaixo. Na C&A, por exemplo, os empregados precisam estar cientes de que os cães devem estar sempre acompanhados. “Se o funcionário tiver uma reunião, deve levar o cachorro”, diz Márcia Costa, vice-presidente de RH da C&A. Essa regra foi fundamental para que cinquenta cães convivessem em harmonia com os empregados no escritório da varejista, em São Paulo. A companhia também pensou naqueles que têm medo ou alergia a animais – algo fundamental para que ninguém se sinta contrariado com eventos desse tipo. “É importante que a empresa se lembre sempre que, ao mesmo tempo em que está agradando quem gosta de cachorro, está desagradando quem não gosta. Por isso, demos a liberdade para fazer home office ou trabalhar em outra área em que não haveriam animais”, diz Márcia.

Bem-estar geral

Um dos pontos mais importantes para que pet days sejam bem-sucedidos é a comunicação transparente. Foi isso que fez com que o evento da multinacional Nestlé, que uniu gatos e cachorros, desse certo. “Tivemos uma orientação geral via e-mail para todos avisando que o evento ia acontecer e explicando como seria, tanto para quem queria levar o pet quanto para quem tinha alguma restrição”, afirma Mariana Albino, gerente de RH da Nestlé.

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Regras claras são necessárias não apenas para que todos os funcionários se sintam confortáveis, mas para garantir também o bem-estar dos bichinhos. “Não adianta só as pessoas acharem bacana, precisamos pensar no animal, que deve estar em um ambiente tranquilo, com comida, controle de parasitas e com a vacinação em dia. E, também, é importante que os pets participantes sejam dóceis e habituados com as pessoas, o que evita acidentes”, diz Ana Lúcia Rivera, gerente da unidade de Animais de Companhia da Bayer.

A multinacional alemã, além de pet days, realizou uma feira de adoção em sua sede em São Paulo e deu um dia de licença “peternidade” para os colaboradores que resolvessem cuidar de um dos gatos ou cães disponíveis para doação. “Além de uma sexta-feira de folga, oferecemos o suporte de um adestrador para dar dicas e ajudar na adaptação do animal e da família”, diz Ana Lúcia Rivera.

O que a empresa deve fazer

Comunique e oriente os funcionários

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Para que o pet day dê certo, é preciso manter uma comunicação frequente com os funcionários – participantes ou não do evento. Palestras sobre adestramento, por exemplo, são uma boa maneira de começar o dia dedicado aos animais.

Prepare-se para imprevistos

Ao lidar com bichos, lida-se com imprevistos. Por isso, é recomendável manter um veterinário a postos ou dar a liberdade para o funcionário sair mais cedo caso algo aconteça.

Leve em conta quem não gosta de bichos

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Nem todos empregados têm cachorros e gatos ou se sentem confortáveis com esses animais. Identifique quem prefere não estar no evento e ofereça opções como home office ou setores livres de bichinhos.

Pense na estrutura física

Se o pet ficar com o dono é preciso que exista um espaço para ele descansar. Caso o funcionário fique longe do bichinho, a empresa deve criar um espaço para os pets. Na Bayer, por exemplo, uma creche foi estruturada, já que os empregados só podiam ficar meio expediente com seus animais de estimação.

O que os funcionários devem fazer

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Conheça a personalidade do seu bichinho

Não adianta levar um animal arisco para um dia todo de interação. Para que tudo corra bem, entenda se o seu pet se dá bem com outras pessoas e com outros bichos.

Mantenha a vacinação em dia

É importante que seu bichinho de estimação esteja com a carteira de vacinação completa e em dia para não colocar a saúde dos outros participantes em risco.

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Cuide da higiene

Embora as empresas costumem oferecer um kit higiene, cabe ao dono prestar atenção se o animal está fazendo as necessidades no local certo e fazer a limpeza.

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