IGP-M menor do que o esperado e acordo Lula-centrão devem impulsionar Ibov no último pregão de 2022
Inflação do aluguel sobe 0,45% em dezembro e 5,45% no acumulado dos últimos 12 meses.
Bom dia!
O último pregão do ano na B3 tem tudo para ser positivo. Os índices futuros americanos operam em alta, em uma recuperação da queda da véspera por conta do receio de investidores aos efeitos da alta de casos de Covid na China.
No Brasil, o IGP-M, o índice de inflação comumente utilizado no reajuste do aluguel, subiu menos do que o esperado em dezembro e em 2022 como um todo. Segundo a FGV, o IGP-M subiu 0,45% em dezembro, bem menos que os 0,58% esperados. Assim, a inflação do aluguel termina 2022 com uma alta de 5,45%, contra a previsão de 5,60%. Apesar de ser um pouco alta, esta inflação é bem mais tranquila que a de 2021, quando o índice disparou 17,78%.
Outra boa notícia é que o governo Lula deve ter uma boa governabilidade após acordo com MDB, PSD e União Brasil, que devem ter três ministérios cada, favorecendo o apoio desses partidos no Congresso. Nesta manhã, o presidente eleito divulga os últimos nomes de seus ministros e, possivelmente, dos novos presidentes das estatais.
Para o Banco do Brasil, as cotadas são Taciana Medeiros, que trabalhou na Petros (Fundação Petrobras de Seguridade Social), Ana Cristina de Vasconcelos, que trabalha no BB Previdência e Ângela Beatriz de Assis, presidente da BrasilPrev. Para a Petrobras, o mais cotado é o senador Jean Paul Prates (PT-RN).
Até o momento, o mercado engoliu até mesmo Haddad no comando da Fazenda. O futuro ministro se comprometeu em fazer um ajuste fiscal e o próximo governo já caminha neste sentido, com o fim da isenção de Pis/Cofins sobre combustíveis. Além disso, liberal Simone Tebet como ministra do Planejamento deu uma boa balanceada no quadro econômico.
Resta saber se os últimos nomes cairão bem na Faria Lima.
Bons negócios e bom 2023!
Futuros S&P 500: 0,48%
Futuros Nasdaq: 0,78%
Futuros Dow: 0,24%
*às 8h22
Riachuelo quer se fundir
A grupo Guararapes, controladora da Riachuelo, estuda se fundir com uma de suas concorrentes do varejo de moda no Brasil. Segundo fontes consultadas pela Bloomberg, os executivos da empresa estiveram em diálogo com a SBF, dona da Centauro, e com a Arezzo. Nenhuma das negociações, no entanto, deram em acordo. Agora, o grupo contratou o banco Safra como assessor financeiro, em busca de novas possibilidades de transação.
Avaliada em R$ 3,1 bilhões, a empresa acumula queda de 34% no ano e quase 67% em cinco anos. Ontem, as ações GUAR3 fecharam em alta ds 3,25%, a R$ 6,53.
10h30, EUA: pedidos de auxílio-desemprego
11h: Lula fará pronunciamento para anunciar restante do Ministério e presidentes de estatais
Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,33%
Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,11%
Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,31%
Bolsa de Paris (CAC): 0,20%
*às 8h15
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,38%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,94%
Hong Kong (Hang Seng): -0,79%
Brent: -1,15%, a US$ 83,02 o barril
*às 8h25
Minério de ferro: 1,56%, a US$ 120,89 a tonelada, na bolsa de Dalian
Retrospectiva: os números de 2022
Quarenta e quatro bilhões de dólares. É o que Elon Musk gastou para comprar o Twitter, num acordo conturbado que se arrastou de abril a outubro e envolveu até a justiça americana. Cento e cinquenta mil. Foi o número de funcionários demitidos no Vale do Silício este ano, à medida que o setor de tecnologia começou a sentir o peso da alta dos juros e da desaceleração da economia. Dois. É o número de bancos centrais que não elevaram a taxa de juros nenhuma vez ao longo de 2022 – o da China e do Japão. O NYT compilou estes e outros números que fizeram parte dos grandes momentos do mercado este ano.
O efeito Kanye West a Adidas
Em outubro, Kanye West usou sua conta no Twitter para proferir discursos antissemitas. Em resposta quase imediata, a Adidas anunciou que romperia a parceria com o rapper. O fim dos produtos Yeezy cortou pela metade a previsão de lucro anual da companhia. Mas essa facada não veio pelas costas: mesmo antes de Kanye escalar seu discurso público a níveis intoleráveis, alguns ex-executivos já alertavam que a empresa não deveria depender demais da parceria. Esta reportagem do Financial Times, traduzida pela Folha, conta os bastidores da administração da marca antes e durante a crise.