Conectando pessoas, direitos humanos e futuro
Atuar com Direitos Humanos e com Diversidade, Equidade e Inclusão é mais do que uma prática institucional, é uma postura diante do mundo.
Atuar com Direitos Humanos e com Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) é mais do que uma prática institucional, é uma postura diante do mundo. É ouvir com atenção, guiar com propósito e acolher com coragem. É construir espaços seguros e saudáveis, provocar reflexões, despertar lideranças e inspirar empresas a enfrentar os desafios sociais, ambientais, culturais e econômicos que marcam o nosso tempo.
Como nos ensina o Mestre Nêgo Bispo, a verdadeira liderança nasce da escuta, da valorização da ancestralidade e da responsabilidade com as comunidades. Direitos humanos e diversidade têm raízes profundas na história, na cultura e na memória de cada território. Por isso, responsabilidade social, diversidade, equidade e inclusão, ESG e direitos humanos não são agendas isoladas, mas fios de uma mesma teia, que conectam pessoas, valores, culturas e futuro.
Conforme a pesquisa “A diversidade importa cada vez mais: o valor do impacto holístico”, da McKinsey & Company (2023), empresas com equipes mais diversas não apenas apresentam melhor desempenho financeiro, mas também maior impacto social, engajamento de equipes e ambição de crescimento sustentável. Esses dados reforçam que diversidade, equidade e inclusão são fatores estruturantes de competitividade e inovação, e não apenas compromissos reputacionais.
Foi com essa visão que o Pacto Global da ONU – Rede Brasil, a representação local da maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, realizou, ao longo deste ano, os Diálogos de Direitos Humanos e Diversidade, Equidade e Inclusão. Mais do que encontros, esses diálogos foram movimentos de escuta, aprendizado e ação. Pontes entre o presente e o futuro, com o objetivo de impulsionar iniciativas concretas que promovam os direitos humanos no setor privado.
Percorremos cinco regiões do país, ouvindo atentamente empresas, suas trajetórias e iniciativas com foco em DEI. Observamos e analisamos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, mas, acima de tudo, olhamos para as pessoas. Buscamos ações replicáveis, escaláveis e compartilháveis, capazes de gerar impacto coletivo e transformar o tecido empresarial do Brasil, respeitando territórios, histórias e saberes ancestrais.
Como resultado dessa jornada, construímos o “Guia Orientador para Estratégias de Direitos Humanos e DEI para Empresas”. Mais do que um documento, ele é um mapa de transformação, essencial para o avanço e consolidação dessa agenda.
O Guia é farol, bússola e ponte: é farol porque ilumina caminhos; é bússola porque orienta decisões; e é ponte porque conecta pessoas, práticas, culturas e políticas. De modo geral, ele fortalece uma cultura de diversidade, respeito, equidade e inclusão, mostrando que os direitos humanos se manifestam no cotidiano, isto é, nas relações humanas, nas escolhas e nas formas de fazer negócio.
Dessa forma, o Guia transforma valores em ações. As ações, por sua vez, geram impacto. E o impacto se torna vida real, tangível e presente, conectando intenção à transformação e sonhos à realidade.
Este é o nosso convite: agir, escutar e transformar – juntos. Porque DEI não é apenas uma agenda; é a teia em expansão que conecta pessoas, direitos humanos, cultura, empresas e futuro. E essa teia depende do esforço coletivo e proativo de todos os agentes envolvidos em seu tecimento para assegurar sua tenacidade e resiliência em um ambiente desafiador.
* Verônica Vassalo é Gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão do Pacto Global da ONU – Rede Brasil





