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Essa empresa transformou cinzas da casca de arroz em mais de 4 milhões de tijolos

Um projeto da Fumacense Alimentos adiciona as cinzas na composição de cerâmicas - reaproveitando o máximo de resíduos da indústria.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 7 jan 2025, 18h00 - Publicado em 7 jan 2025, 18h00
Tijolos de casca de arroz em esteira de fábrica.
 (Divulgação/Divulgação)
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O arroz é um dos alimentos mais produzidos no mundo. Na categoria dos grãos, ele perde apenas para o milho e entra em um empate técnico acirradíssimo com o trigo. O brasileiro se amarra num arroz – especialmente acompanhado do feijão. Mas nosso gosto pelo grão não é nada comparado aos países asiáticos, que consomem dez vezes mais arroz do que a gente.

Não é surpresa, então, que os maiores produtores de arroz estejam na Ásia. A China lidera a produção, seguida de Índia (que é a maior exportadora) e Indonésia.

O Brasil é o maior produtor de arroz no continente americano, ficando em nono lugar no ranking mundial – atrás só de outros países asiáticos. Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve produzir cerca de 12 milhões de toneladas de arroz na safra 2024/2025.

Só que o arroz não é colhido pronto para o consumo. O grão precisa passar por um longo processo de beneficiamento. Depois de limpeza, separação e outros métodos, a casca e o farelo do grão são removidos, resultando no arroz branco para consumo.

A casca do arroz representa aproximadamente 20% do do grão colhido. Atualmente, o destino mais comum da casca é virar combustível. Esse subproduto propicia temperaturas altas quando é queimado. Por causa disso, é usado na alimentação de fornalhas e usinas termelétricas da própria indústria arrozeira.

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Apesar de produzir uma fumaça pouco poluente, a queima do arroz produz muitas cinzas – cerca de 18% do peso da casca. Se toda essa cinza for descartada diretamente no meio ambiente, será um problema grave de poluição, pois se sabe que a cinza gerada na combustão apresenta uma certa quantidade de carbono residual, que é um grave poluente para o solo.

A casca do arroz representa aproximadamente 20% do do grão colhido.

O aproveitamento adequado da cinza da casca do arroz é benéfico para a preservação ambiental. Uma solução criativa para reaproveitar esse composto é incorporá-lo na cerâmica para a fabricação de tijolos.

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É isso que a Fumacense Alimentos e Bebidas tem feito. Desde 2021, a empresa do ramo alimentício tem uma parceria com a Cerâmica Guarezi, da cidade de Treze de Maio, em Santa Catarina. Eles queimam a casca de arroz para gerar energia elétrica em suas indústrias. As cinzas que sobram são reutilizadas na fabricação de tijolos sustentáveis. 

Nos últimos três anos, 1,9 mil toneladas de cinzas foram geradas e enviadas para a fabricação de mais de 4 milhões de tijolos. Substituindo parcialmente a composição dos produtos, as cinzas aceleram a secagem da massa, agilizando o processo produtivo e aumentando o volume de fabricação da cerâmica. No início dos estudos, com a aplicação do resíduo juntamente com a argila, verificou-se que 15% de cinza na mistura já tornava os tijolos mais leves, sem prejuízo para sua resistência.

“Além de contribuirmos significativamente para a preservação do meio ambiente, também ajudamos uma empresa a obter sua matéria-prima de maneira sustentável”, afirma o gerente industrial da Fumacense Alimentos e Bebidas, Lucas Tezza.

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“Anteriormente, enfrentávamos o desafio de lidar com o destino de um rejeito. No entanto, ao desenvolvermos e implementarmos o projeto, conseguimos destinar a cinza para a cerâmica, ajudando em seu processo de fabricação. Essa iniciativa não só resolve um problema ambiental, mas também fortalece nossa responsabilidade socioambiental”.

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