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O que 2024 ensinou sobre inclusão e tecnologia?

União leva mais pessoas para uma área em crescimento e movimenta a economia de maneira estratégica.

Por Mariana Lopes, em colaboração especial com a Você S/A*
26 dez 2024, 08h00
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 (Christina @ wocintechchat.com/Unsplash)
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articipar ativamente do mercado de tecnologia sempre levanta debates sobre objetivos e desenvolvimento. É uma área que não para nem por um minuto, então não podemos deixar de acompanhar — e aprimorar — as iniciativas voltadas para o avanço do setor. Mais do que isso, não podemos ignorar o poder da tecnologia como veículo para a mudança no campo social.

Unir o mundo tech com inclusão e diversidade é, logicamente, o que mais faz sentido. Para a sociedade, leva mais pessoas para uma área em crescimento e movimenta a economia de maneira estratégica. Para as empresas, melhora a produtividade a partir de novas ideias e de um ambiente favorável à inovação. 

Este ano, percebi mais companhias tratando a inclusão como parte de suas estratégias de negócios e não apenas como ações pontuais. É claro que ainda há muito espaço para melhorias; inclusão precisa estar no DNA organizacional, com métricas claras e accountability desde o nível executivo. Ainda assim, 2024 trouxe um progresso inegável.

De forma geral, tivemos uma boa ampliação do acesso à inteligência artificial em mais idiomas além do inglês, o que tornou muitas ferramentas mais acessíveis, e também vimos o crescimento de tecnologias assistivas impulsionadas por IA, que reduziram algumas barreiras para pessoas com deficiência em ambientes digitais e físicos.

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Podemos mencionar ainda o aumento das tecnologias descentralizadas, como blockchain, que começaram a ser usadas para inclusão financeira. E vale ressaltar a demanda crescente por transparência em iniciativas ESG, pressionando empresas a realmente entregarem valor social e não apenas relatórios.

Também houve marcos específicos de grande relevância, como a Maratona Tech que reuniu jovens talentos de todo o Brasil na maior competição de tecnologia entre escolas, e o programa Future Driven que fomenta o ecossistema de startups ao conectar profissionais técnicos excepcionais com o universo do empreendedorismo. 

Ambas iniciativas me comprovaram, pessoalmente, o modo como formar parcerias genuínas é algo que transforma a realidade. Trabalhar lado a lado com ONGs, comunidades e empresas me mostrou que o impacto real vem quando todas as partes contribuem com suas fortalezas.

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Tudo isso só foi possível com resiliência, propósito e colaboração, e alguns nomes se destacam na minha lista de inspirações. Flávia Freitas da IBM, Paulo Roberto da CI&T, Katia Smole do Reúna, Lucas Gianini da Behring, Isa Castilho da Rocketseat — só para citar alguns. Todos promovem esforços para inovar na área tech de maneiras que impactam milhares de pessoas.

Caminho à frente

Os desafios surgem o tempo todo, naturalmente. Ainda vemos, por exemplo, uma expressiva falta de representatividade em cargos de liderança, o que reforça a necessidade de olharmos para inclusão como uma jornada contínua e não apenas nos momentos de entrada e capacitação.

Também é essencial que mais ações desenvolvam uma abordagem interseccional, considerando como fatores como gênero, raça, idade e classe social interagem. Além disso, é fundamental investir em formação contínua e criar programas que integrem inclusão em toda a cadeia de valor, desde o design de produtos até o suporte ao cliente.

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Podemos mencionar ainda o aumento das tecnologias descentralizadas, como blockchain, que começaram a ser usadas para inclusão financeira.

Para 2025, espero que todos esses pontos sejam abordados e melhorados. No ponto em que estamos, as empresas que não priorizam esse tipo de iniciativa na tecnologia estão deixando valor na mesa. Inclusão não é apenas a coisa certa a fazer, mas é também o melhor investimento: times diversos performam melhor, criam soluções mais inovadoras e se conectam mais profundamente com clientes.

Acredito que o que já aprendemos é que a inclusão não é o destino, mas o caminho. O foco agora é que isso deixe de ser uma meta para se tornar um padrão — que possamos construir um ecossistema tecnológico onde ninguém seja deixado para trás.

*Mariana é eerente executiva do MovTech 2030, coalizão de organizações voltada à inclusão de pessoas de baixa renda e grupos sub representados no setor de tecnologia.

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